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sábado, 4 de dezembro de 2010

CAMINHADA - MÃE TERRA MERECE PAZ -


Amigos meus organizam anualmente uma caminhada urbana, sempre seguindo um tema interessante. Falei deles aqui no blog. Já foram focalizadas construções do século XIIX e XIX, obras arquitetônicas das décadas de 40 e 50 so séc XX, nos dois anos anteriores nossos temas formam nomes diferentes de ruas de Salvador e a Caminhada das Águas.

Este ano o tema foram os Terreiros de Salvador. Como todos sabem a capital baiana foi uma das cidades que mais recebeu africanos da Diáspora Negra ocasionada pela escravidão. Estes africanos trouxeram muito para a nossa Terra, inclusive a sua religiosidade. Muitas das religiões de matriz africana têm como locais de cerimonial os terreiros. Segundo levantamento recente do CEAO/UFBA e Prefeitura de Salvador existem 1100 terreiros na região metropolitana.


Obviamene não seria possível visitar muitos deles assim forma escolhido alguns nos bairros do Engenho Velho da Federação, Federação, Garcia e Rio Vermelho. É importante destacar as principais nações africanas que originaram estas casas religiosas, 58% Keto, 24% Angola, 2% Jejê e 1% Ijexá. Alguns adotam classificação múltipla.


As primeiras paradas foram no Engenho Velho da Federação, nos Terreiros Ilê AxéObé Tadé Patiti Oba (Keto) e o Zorogodó Malé Drundó (Jejé)








A visita mais interessante foi o Ilê Ijá Omi Axé, o famoso Terreiro do Gantois. Fomos recebidos por um dos filhos de santo que trouxe um pouco da história da casa e os fundamentos religiosos básicos do candomblé de origem Keto.

É dificil falar de uma forma geral das religões de origem africana no Brasil, pois elas têm na origem diversa as matrizes africanas. Além disso receberam nas terras brasileiras influências de outras religiões, e como tudo que o homem faz, foram sendo recriadas.

Na crença yorubá, que se tornou uma das mais influentes na religiosidade do povo africano no Brasil, tem como divindade suprema o Olorum (Céu) e os Orixas que são as forças da natureza Iemanjá (Águas salgadas), Oxum (águas doces), Xangô (raios e trovão), Iansá (tempestades), Oxossi (caça).

As árvores, as fontes, estão presentes em algumas das casas de santo e o respeito a natureza faz parte da tradição destas manifestações religiosas.



Alguns locais da cidade, por conta desta proximidade com a natureza, são especiais para os adeptos do candomblé. Incoporamos a nossa caminhada, um deles, o dique do Tororó, reconhecido como morada de Oxum. Por conta disto, o artista plástico Tati Moreno fez esculturas dos diversos Orixás que estão no centro do dique e nos jardins que o circundam.



Em todos nós ficou em todos nós o respeito as diversas manifestações religiosas e o também a atitude de conservação da natureza. Deixo então uma imagem do dique do Tororó, como uma lembrança da beleza natural e da importancia de preservá-la.
Finalizo com uma das imagens captadas no caminho (no bairro do Garcia), destas coisas que só se vê na Bahia, a mistura da tradição com a modernidade.

6 comentários:

Bergilde 6 de dezembro de 2010 às 08:21  

Lindo demais Tucha!Já disse que tenho uma atração particular pela Bahia e cada vez mais confirmo!
Deixo pra você pegar se quiser um selo de reconhecimento lá no blog belli ricordi.
Abraço grande pra ti.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 7 de dezembro de 2010 às 17:01  

Tucha,a Bahia tem muita história. Lindas fotos.

Bjao

Dalva Nascimento 7 de dezembro de 2010 às 22:08  

Parabéns pela fotografias e pelo registro tão belo de tanta diversidade cultural!

Beijos!

Bergilde 9 de dezembro de 2010 às 08:41  

Passei pra deixar mais abraços e ver essas fotos lindas outra vez!

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