MINAS CONTEMPORÂNEA - INHOTIM ARTE E ARQUITETURA
O Instituto Inhotim está localizado na cidade de Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte. A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de siderurgia, que tinha um vasto acervo de arte contemporânea. No post anterior falamos da parte botânica e das obras expostas ao ar livre.
Agora vamos falar um pouco das obras das Galerias. São 23 pavilhões onde estão expostas fotografias, instalações e esculturas. Destacamos as que nos chamaram mais atenção.
A primeira que visitamos foi a Galeria Praça. Nela estão as obras de John Ahearn, Rigoberto Toros são esculturas realistas feitas em fibra de vidro e tinta automotiva.
Também estão acolhidos aqui os famosos carros da obra Troca Troca de Jarbas Lopes. São três fuscas coloridos com latarias permutadas entre si. Eles ficavam da parte externa mais desgastavam-se, então foram restaurados e colocados sob proteção.
Galeria Doug Aitken - Circular de vidro no alto de um morro. Onde você entra, procuta sentar e de repente, começa a ouvir sons que chegam a tremer o ambiente.
A principio é difícil identificar que o que você está ouvindo são os Sons da Terra ao vivo. Há 200 metros de profundidade se encontram microfones que captam o som e o transmitem para um sistema de equalização e amplificação. Muito emocionante ouvir e contemplar a paisagem exterior da Mata Atlântica.
A arte fotográfica está presente na Galeria de Cláudia Andujar, são mais de 500 fotografias
Elas contam a história de seu longo envolvimento da artista com a Amazônia e o povo Yanomani.
Outro espaço que desperta atenção é Galeria Psicoativa Tunga. Um pavilhão no meio da mata, cercado de varandas.
Nas diversas instalações o imaginário exuberante do artista cria com cobre, aço, limalha de ferro, vidro soprado.
A artista japonesa Yayoi Kusama tem uma história de vida muito particular. Aqui no Inhotim o destaque é para a obra externa Narcissus Garden, que não pudemos ver pois estava em manutenção. Mas visitamos uma instalação da "artistas das bolinhas": I'm Here, but Nothing.
Na Galeria Lygia Pape, outra experiência visual, a instalação vai do chão ao teto, com fio metálicos que adquirem uma coloração dourada com a iluminação.
A galeria Adriana Varejão foi a que mais me impressionou pela arquitetura. O prédio conversa com a jardinagem formando um belo cenário.
A água azul no entorno do prédio atua como espelho para a arquitetura e para a vegetação, rendendo boas fotos a quem visita o local.
As obras da artista expostas cabem muitas interpretações. Uma das mais instigantes é Linda do Rosário, a obra foi inspirada no desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio, onde paredes azulejadas caíram sobre um casal. Leia aqui uma interpretação da obra.
Carnívoras, uma série de plantas carnívoras retratadas em óleo sobre tela.
"Celocanto provoca maremoto" óleo e gesso sobre tela, tem como inspiração azulejos portugueses dos antigos paineis barroco, como se azulejos quebrados fossem criando modulações cromáticas como ondas. Analise da obra aqui.
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