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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ATÉ O ÚLTIMO HOMEM - CRITICA DE FILME

Confesso que tenho uma certa resistência com filmes de guerra e também dificuldade com o estilo Mel Gibson de apresentar violência, beirando ao sadismo. (Tive horror a sua concepção da obra A Paixão de Cristo). Entretanto, ouvi tantas boas criticas ao filme que resolvi apostar.

A trama é inspirada na quase inacreditável história real de Desmond Doss (interpretado pelo ator Andrew Garfield, concorre ao Oscar), um americano, que alistou-se no exército após se sensibilizar as dificuldades enfrentadas pelo seu país na 2ª Grande Guerra, mas, por conta da sua crença adota a postura de Objetor da Consciência, isto é, recusava-se a portar armas durante o conflito, acreditando que seu dever não era tirar vidas mas preservá-las através dos cuidados médicos.

A narrativa é simples mas bem construída. Na primeira parte, o filme caracteriza o personagem, seus dramas familiares, a relação com a religião, elaborando a origem da sua aversão à violência. O toque divertido fica por conta do envolvimento amoroso com a enfermeira Dorothy, com suas inexperientes investidas românticas.

Segue-se a decisão de alistar-se no exército e a difícil adaptação à vida militar diante da decisão de não usar armas. O capitão do pelotão (Vince Vaughn)  que encarna o estilo "militar nervoso",  através um jogo de atitudes e vai fazendo como que o soldado  seja isolado e até agredido pelos seus colegas militares, em função da sua crença. E o difícil processo chega ao auge quando ele é levado a Corte Marcial do Exercito por desobediência e finalmente liberado para lutar desarmado.

Toda essa preparação nos leva para o clímax da história, a atuação e a redenção do personagem, em Okinawa, a batalha de toma do desfiladeiro de Hacksaw, uma zona crucial para dominação do território japonês. Ai, entra a forma explosiva de Gibson de construir as sequência de ação. A câmara move-se através dos campos de batalha captando cada detalhe grotesco, numa intensidade e num realismo inquietantes. E é nesse cenário verdadeiramente infernal que postura de ajudar e a preocupação com o sofrimento de Desmond tem momentos emocionantes.

Do meu ponto de vista houve um certo exagero não só na exposição da violência da guerra (o estilo do diretor) e uma preocupação em enaltecer demasiadamente o personagem quase um "herói divino",  tudo com o objetivo claro de "demonização" dos soldados japoneses e consequente glorificação das tropas americanas. Mas afinal os vencedores constroem as suas próprias visões.

Guerra, heroísmo e religião são temas caros para Gibson e para a maioria dos americanos e ele consegue fazer um filme com qualidades artísticas e que tem tudo para agradar ao publico.


Até o Último Homem (Hacksaw Ridge) — EUA, 2016
Direção:
 
Mel Gibson
Roteiro: Robert Schenkkan e Andrew Knight
Elenco: Andrew Garfield, Teresa Palmer, Vince Vaughn, Hugo Weaving, Sam Worthington, Rachel Griffiths, Luke Bracey
Duração: 139 min

1 comentários:

Unknown 23 de maio de 2018 às 10:36  

A historia está bem estruturada, o final é o melhor. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Até o último homem, não conhecia a história e realmente gostei, acho que é um dos melhores filmes de drama é muito bom! É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.

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