MAPA DE MILÃO
Uma
cidade é um conjunto de pontos. De pontos de partida, pontos de
chegada, pontos de reticências, pontos de segmento, parágrafos ou
pontos finais. Há quem exclame e quem interrogue.
Todas as cidades desconhecidas são cidades que imaginamos. Para traçar um mapa que nos guie nas descobertas contamos com relatos das experiências de outros viajantes, fotografias, filmes. Vamos traçando a geografia imaginária, para um dia confrontá-la com o real. Tracei meu mapa imaginário de Milão com a ajuda de um blog: Milão nas mãos, da brasileira Mage Santos, que mora lá. Ganhei de uma jovem milanesa, a quem pedi uma informação, um mapa da cidade e das linhas do metrô, que ajudaram a percorrer os caminhos e aproximar a cidade imaginada com a verdadeira.
Todas as cidades desconhecidas são cidades que imaginamos. Para traçar um mapa que nos guie nas descobertas contamos com relatos das experiências de outros viajantes, fotografias, filmes. Vamos traçando a geografia imaginária, para um dia confrontá-la com o real. Tracei meu mapa imaginário de Milão com a ajuda de um blog: Milão nas mãos, da brasileira Mage Santos, que mora lá. Ganhei de uma jovem milanesa, a quem pedi uma informação, um mapa da cidade e das linhas do metrô, que ajudaram a percorrer os caminhos e aproximar a cidade imaginada com a verdadeira.
O
ponto de partida foi o Duomo, uma das mais belas catedrais góticas
do mundo. Despontar com ela na saída da estação do metrô na tarde
que chegamos foi um deslumbramento. Mesmo com chuva, a imagem era
impactante, talhada em mármore com inúmeras estátuas (são 2.300
só na fachada). Vale a pena observar com calma toda a parte externa,
e ir descobrindo surpresas.
As portas são grandiosas e cheia de particularidades, que requerem observação atenta. A retratada acima, por exemplo, tem as mãos da imagem em coloração diferente, pela constante manipulação das pessoas, questão de fé.
Depois
a recomendação é entrar pela porta principal. A parte interior é
um pouco mais escura, não há muita iluminação e a cor do mármore
interno é mais escura, porque o externo passou por uma limpeza nos
últimos 10 anos. Mas esta penumbra da um clima intimista e a
beleza dos vitrais que contam a história dos santos e profetas.
Formada por 5 naves ( 1 central e 2 em cada lateral) divididas por 52
colunas de 24 metros de altura cada. A entrada no prédio é
gratuita, entretanto, para fotografar teríamos que pagar uma taxa. Decidimos investir no ingresso para visitar os telhados. Então achei um vídeo no youtube e quem quiser ver...
Visitar os telhados da catedral, no
dia seguinte com um pouco mais de sol, foi uma experiência incrível. Ali podemos sentir toda
a magnitude da construção, podemos admirar os pináculos e as
estátuas, além de uma vista especial da cidade.
Ai
ficamos perto da estátua mais amada da cidade: La Madonnina, uma
Nossa Senhora dourada (a igreja é dedicada a Santa Maria Nascente)
colocada na agulha mais alta da catedral e que vigia os milaneses.
Fácil
é chegar a outro ponto importante da história da cidade: o Castelo
Sforzesco. Sua origem é 1360 / 1370 quando reinava a família
Visconti. E depois inúmeros acontecimentos através da história,
inclusive uma destruição, a construção foi ampliada e assumiu a
forma atual nos últimos anos do século 16, quando Milão já era um
ducado governado por membros da família Sforza, de onde vem o nome
do castelo.
Li
que durante o Renascimento, a corte milanesa era esplêndida, com
muitas festas, frequentada por poetas e artistas como Donato Bramante
e Leonardo da Vinci, que deixou em Milão uma das suas obras primas a
Santa Ceia.
Hoje
o castelo é um museu de museus, bibliotecas e arquivos. Para visitar
tudo precisamos de dias.
Detalhe do teto em mosaicos, com o brasão da realeza.
Mas vale a pena conhecer a estrutura grandiosa. Começando pela fonte de jatos que fica na entrada, os pátios internos e o Parque de Sempione, que fica atrás de fortificação.
Detalhe do teto em mosaicos, com o brasão da realeza.
Mas vale a pena conhecer a estrutura grandiosa. Começando pela fonte de jatos que fica na entrada, os pátios internos e o Parque de Sempione, que fica atrás de fortificação.
Como
este, outras construções nobres, se transformaram para receber o
patrimônio artístico cultural. Vi uma exposição incrível no
Palazzo Reale – O homem e a terra, obras de Van Gogh que
registraram a natureza e os trabalhadores rurais nos locais onde
viveu.
No
Palácio
de Brera funciona
a Pinacoteca homônima, lá estão também a Academia de Belas Artes e uma Biblioteca.
Funciona como museu desde o século 19, no domínio de Napoleão, expondo obras dos territórios conquistados. Ainda hoje é a maior coleção de arte que vai do século 13 ao século 19, da cidade. Caravaggio, Bramantino, Piero della Francesca, Raffaello, Bellini são só alguns dos nomes dos grandes artistas da arte italiana.
Funciona como museu desde o século 19, no domínio de Napoleão, expondo obras dos territórios conquistados. Ainda hoje é a maior coleção de arte que vai do século 13 ao século 19, da cidade. Caravaggio, Bramantino, Piero della Francesca, Raffaello, Bellini são só alguns dos nomes dos grandes artistas da arte italiana.
Observando
as obras da pinacoteca temos a compreensão do imaginário medieval
do cristianismo. Mas a minha obra favorita é renascentista, A ceia
de Emaus de Caravaggio. Especialmente pelo tom mais realista.
O bairro Baera foi, no passado, um dos mais característicos, graças aos artistas que frequentavam a Academia, cheio de bares e bordéis. Hoje, é um dos interessantes de Milão, por outros motivos: permanece boêmio, referencia na noite milanesa, mas os decadentes bordéis deixaram espaços para galerias de arte e lojas descoladas.
Sacadas cheias de charme, daquelas que dá vontade de morar um tempo naquele local.
2 comentários:
Eu não sou muito amiga da Itália... meus dias lá não atingiram as expectativas, fazer o que?
Mas seu post me deu vontade de conhecer Milão. Adorei as fotos!
(e que casaco lindo, hein?)
Bel, cada viagem é uma viagem. Podemos planejar uma viagem por lá e descobrir outras maravilhas.
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