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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DORES / DELÍCIAS DO DDA


inspiração vem do post da minha prima Bel lá do Quer ler eu deixo, onde busca as vantagens do DDA.  Comentei que o transtorno trás mais dificuldades que vantagens. Fiquei matutando e fiz uma retrospectiva da vida avaliando as dores e delícias que o transtorno me trouxe. Com certeza é uma disfunção mínima, especialmente se comparada com outras, mas atrapalha, e pode nos envolver em confusões.

O primeiro sintoma que lembro foi na infância quando  de repente, eu ficava  distraída no meio de uma atividade parava de fazê-la momentaneamente. Minha mãe e minhas tias davam risadas e comentavam: desligou ... Acho que este “desligamento” foi a indicação de que tinha um cérebro digamos assim “defeituoso”.

Depois vieram outras dificuldades de adaptações ao ambiente escolar, por conta de não conseguir manter a atenção, a concentração. Decorar a “bendita” tabuada, por exemplo, foi um problema, só consegui depois que tia Didi concretizou, ou seja, representou os números com palitos de picolé, “caiu a ficha”, enfim,  compreendi e pude então memorizar.  Minhas redações tinham idéias criativas, entretanto as críticas vinham aos erros bobos de ortografia. Faltava concentração para ir até o fim,  fazer uma  revisão cuidadosa do texto.

Outro sintoma que atormentou ao longo da vida foi a desorganização.  A aceleração mental se reflete no espaço físico e no tempo. Aquela dificuldade para planejar nosso cotidiano no tempo e para organizar  o ambiente.  A adolescente que fui mantinha o quarto uma bagunça  que rendia grandes broncas da minha mãe.  Justificava para ela que conseguia achar tudo na minha “bagunça organizada”, ou, que o meu caos era criativo. Até hoje, minha casa não é um exemplo de arrumação, começo a organizar, mas a maioria das vezes a concentração não deixa ir até o fim.

Um lado bom do DDA é a criatividade. Temos idéias brilhantes, entretanto, temos dificuldade de manter o foco, de conseguir fazer o projeto concretizar-se, ou chegar até o fim. É preciso estar continuamente buscando motivação para manter o foco e prosseguir, ou trabalhar com uma boa equipe, onde o grupo apoie e motive o engenhoso DDA até a conclusão. Foi assim comigo, meus melhores trabalhos foram os que fiz em conjunto com bons companheiros de trabalho.

Li que de frequentemente os DDA são aventureiros, revolucionários, presenças marcantes no mundo artístico, pessoas que desafiam os tabus, rompem os padrões. Mas precisam manter o foco para ir da idéia a ação criativa.

Um lado complicado de administrar é a impulsividade, podemos dizer coisas inadequadas, pôr para fora o pensamento sem processá-lo. Mais claramente, falar sem pensar nas conseqüências (pronto falei) o agir sem refletir (caramba, proque fiz isso?). Para as relações ( de trabalho ou amorosas) é complicadíssimo, pois com o “tato”, o cuidado com as palavras ou ações são importantes para lidar com certa s situações ou interpretar os sentimento das pessoas.


Somente vim descobrir o motivo das minhas dificuldades muito tempo depois quando li sobre a questão e fui aprofundando as leituras, buscando mais informação para entender meu comportamento e redirecionar minha vida para amenizar a questão. 

E , como já havia percebido antes, vi que muitas pessoas da minha família tinham comportamento semelhantes. Fomos compartilhando experiências, sorrindo das nossas confusões e buscando nos adaptar as nossas possíveis limitações e descobrindo o lado bom, a criatividade e na perseverança cotidiana transformar nossas idéias criativas em atos criativos. 

Ficou curioso? Quer saber se você pode ser um portador do transtorno. Faça o teste.

2 comentários:

Bel 23 de agosto de 2013 às 06:01  

Poizé...
A gente vai vivendo do jeito que dá, sofrendo e sendo feliz, passando por intermináveis crises de riso e momentos de profunda sombra e quietude...
Incomoda, sim, e como! Mas o pior é a falta de compreensão dos eventuais parceiros nos relacionamentos, sejam quais forem.
Saiba que lhe agradeço imensamente por ter lido em primeira mão, e tido o insight de que todas essas nossas características significavam um distúrbio, e que NAO É NOSSA CULPA!!!

Beijo, te amo!!!

PS-DDA esqueceu o aniversario e Madá!!! #comosaiodessaagora ?

Ramon Pinillos Prates 25 de agosto de 2013 às 22:29  

To com medo de fazer esse teste.
ehehehhe

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