#navbar-iframe { height: 0px; visibility: hidden; display: none; }

terça-feira, 4 de setembro de 2012

VIRTUALIDADES


Aqueles que são do século passado como eu, devem lembrar-se daquele tempo em que conversávamos nas mesas de bares, ou no sofá da casa de um amigo e se alguém esquecia alguma coisa, todos nós usávamos a memória até que alguém recordasse a informação. Era o nome do ator daquele filme, o autor daquele livro, ou os versos daquele poema de Pessoa, a letra daquela música de Caetano.

Pois é, momentos assim estão cada vez mais raros, hoje sempre esquecemos tem alguém que recorre ao Google ou outros sites de busca e trás a resposta, com inúmeros detalhes. Estamos deixando de lado o uso da nossa capacidade de evocar informações no nosso dispositivo natural (o cérebro) e recorrendo cada vez mais os dispositivos artificiais. Em breve nossa memória vai entrar em desuso (rs,rs,rs) e vamos ter que andar com HD externo pra não esquecer de nada.

Mas os encontros ao vivo com os amigos também estão rareando, nos “vemos” agora nas redes sociais. Tudo bem que desta forma estamos em contato com muita gente geograficamente espalhada pelo mundo. Podemos curtir as fotos daquele amigo que mora nos Estados Unidos ou da amiga que vive em Londres, temos as imagens da viva mansa da amiga que tem uma pousada no litoral do Ceará, acompanhamos quase em tempo real a viajem dos amigos conectados, podemos interagir com tudo o que compartilham conosco.

Outra ajuda virtual é são os GPS. Minha prima Bel conta que guiou o motorista de taxi a chegar ao endereço desejado numa cidade desconhecida para ela. Entretanto, outro amigo quase brigou com um taxista que seguia o GPS, ignorando a orientação que ele dava para chegar à sua casa.

Pouca gente deixa de recorrer às orientações dos mapas virtuais ( mesmo sem ter GPS) antes de ir a um endereço desconhecido. Com o Google podemos vivenciar caminhar pelas ruas de uma cidade e “chegar ao endereço”. Na viagem a Lisboa, experimentei usar o recurso para ir do local da parada de ônibus do aeroporto até o hotel, no virtual foi fácil, fácil. Na realidade foi bem diferente, me “enrolei”, e como estava puxando a mala, foi dureza. Mas encontrei um português simpático que deu orientações eficientes e cheguei lá.

Pode ser interessante “caminhar” pelas ruas de uma cidade, “visitar em 3 D” seus pontos turísticos através do Googles street view. Recordei um filme que vi há muito tempo onde eram oferecidas viagem virtuais. As pessoas recebiam uma espécie de chip, acomodadas numa confortável poltrona com um aparelho fixado ao rosto e viviam a viagem como uma espécie de sonho. Uma viagem sem sair de casa, certamente sem os contratempos das esperas nos aeroportos, das interferências climáticas. Quase perfeita. Será? E os cheiros, os sabores, os burburinhos, as confusões que dão um toque adicional a aventura de viajar?

A virtualidade facilita enormemente nosso acesso a informação, nos aproxima pela facilidade do correio eletrônico e outra interações virtuais com os amigos, espalhados por este mundão. Mas não supera o a vivo e a cores de um abraço, um papo numa mesa de bar ou num banco de jardim. E viagens as quero na real, mesmo com os eventuais problemas. Nada supera a delícia de contemplar a paisagem sentindo a brisa, ou a ventania, mesmo que a gente se perca nas desconhecidas ruas e tenha dificuldade para se comunicar em uma língua diferente da nossa.

Falando nisso parto para uma cidade que considero a mais bonita do mundo (depois de Ilhéus é claro rs,rs,rs). E vou de coração e sentidos abertos, disponível para todas as possibilidades que a realidade apresenta. Vão adivinhar para onde vou ou tenho que desenhar?


5 comentários:

Bergilde 4 de setembro de 2012 às 09:50  

Tucha,bom dia!
Confesso que para mim,geograficamente distante de pessoas queridas,a Internet tem sido grande facilitadora de encontros,ainda que virtuais.Podemos perceber essa tecnologia de modo positivo ou negativo,dependendo de como a utilizamos.Hoje em dia ninguém mais pode estar livre dela!Isto é dado de fato.
Que você aproveite esses dias nesse local que só pela imagem já percebo bem aconchegante e agradável,principalmente,se for em boa companhia!
Grande abraço,até a volta!!!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 5 de setembro de 2012 às 06:34  

Concordo com o comentario da Bergilde, para nós que vivemos distante da nossa terra, tem sido uma bencao toda essa evolucao na comunicacao.

Bon Voyage.

Ramon Pinillos Prates 5 de setembro de 2012 às 08:02  

o virtual tem lado positivo e negativo, faz parte.

Bel 6 de setembro de 2012 às 07:42  

Bom desenho, concordo com sua classificação de cidades mais bonitas do mundo! ;)

E nem dá pra discordar, mesmo que alguém quisesse, da presença da virtualidade em nossas vidas. Massss... eu tenho experimentado o inverso: conhecer ao vivo quem eu só conhecia no virtual. Agora mesmo, indo pra Londres... vou encontrar com um casal querido, que já faz parte da minha vida! E Vitória tb, claro!!!
Enfim... é bom ver o lado positivo da coisa toda!!!

Marcio Melo 6 de setembro de 2012 às 23:49  

A proposta era conectar as pessoas e deixá-las mais próximas, mas aparentemente o efeito é o contrário né? Estamos tão perto e tão longe uns dos outros.

A vida atual é bastante curiosa, mas como penso que tudo vive em ciclos espero que ainda esteja vivo para as coisas voltarem um pouco mais para o "real social".

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO