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sábado, 21 de abril de 2012

CADERNOS DE VIAGEM


 Li no jornal A Tarde, da semana passada uma crônica de João Ubaldo Ribeiro intitulada Caderninho de viagem que iniciava assim:
Tempo bom era o de Marco Pólo, em que o sujeito fazia viagens longuíssimas pelo mundo todo e, ao voltar, podia contar algumas das magníficas mentiras de que se tem noticia.

Como as viagens eram para poucos aventureiros, podia-se contar realmente encontrar muita novidade e existia também a possibilidade de deixar a imaginação livre e ao retornar contar “dos monarcas cujos palácios eram construídos do ouro e puro cravejado de rubis, rios de leite e mel, mulheres aladas que arrebatavam os homens, desfrutavam deles e os devoraram vivos”, sem que ninguém os chamasse de mentirosos.

Hoje em dia a novidade é difícil, nada que o seu ouvinte já não tenha visto ao vivo, no cinema ou na televisão. Talvez alguns eletroeletrônicos no Japão ou nos Estados Unidos. Parece que o mundo esta ficando cada vez mais igual.

Nesta viagem rimos muito, no primeiro dia em Quito, entramos num shoping center perto do hotel para um jantar e a praça de alimentação era quase igual as brasileiras, as mesmas cadeias de lanchonete, restaurantes italianos, chineses de japoneses, a única originalidade era um pequeno restaurante de comida típica de local. É a globalização dissemos um ao outro.

Estamos perdendo a originalidade. Mas ainda existem os que resistem, mantém os costumes dos seus antepassados, como a equatoriana que ilustra este post. Mas será que o seu filho não os trocará pela calça jeans e camiseta com inscrições em inglês?

Mas apesar de não podemos mais contar relatos mirabolantes vale a pena viajar, a menos que você seja daqueles mal humorados que gostam de tudo certinho, viajar implica muitas vezes em enfrentar circunstâncias imprevisíveis (mas o inesperado também pode bater a sua porta, não é mesmo).

E antes de ir procure se informar sobre o lugar que vai visitar, um turista informado pode aproveitar melhor as atrações que as cidades oferecem. E onde quer que seja o destino escolhido, seja um país super badalado, onde muitos dos seus amigos já foram, ou um bastante exótico.

Aproveite cada momento. Pare. Veja. Sinta. Reflita. Explore. Aprenda. Afinal você é uma pessoa em férias. Comprou a sua alforria temporária e pagou caro por ela. Não tenha remorsos, curta à vontade. Só não se esqueça de se sujeitar as normas da boa educação e do respeito aos costumes locais. Educação não tem preço. Bom humor e cordialidade também.


As fotografias são de equatorianos que encontramos na viagem e solicitamos que pousassem para nós, uma mãe e o seu filho com trajes típicos, acompanhando uma procissão em Quito, um senhor que vendia flores na porta de uma igreja no centro histórico, e o filho dos donos da fazenda sustentável que visitamos em Galápagos. 

6 comentários:

Dalva Nascimento 21 de abril de 2012 às 16:03  

Como é bom pegar carona nas tuas viagens e nos teus textos...

Bjs.

Ramon Pinillos Prates 21 de abril de 2012 às 16:51  

É legal ter essas referências mundiais em comida das franquias, mas é sempre bom também comer as comidas locais.

Bergilde 24 de abril de 2012 às 15:28  

É dito que o verdadeiro turismo só é feito quando se pode mesmo que por pouco tempo vivenciar a realidade do lugar que se está conhecendo.
Vejo isso aqui.
Seu relato diz tudo.Belo,belíssimo!
Abraço carinhoso,

Bel 4 de maio de 2012 às 08:47  

Vou transcrever um pedaço desse post e fazer meu complemento lá no blog, posso???

Beiko, saudade... (cheguei!)

Bel 4 de maio de 2012 às 08:48  

Ah, que bom que vc conseguiu fotos, ainda que "alheias"!!!

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