CADERNOS DE VIAGEM
Li
no jornal A Tarde, da semana passada uma crônica de João Ubaldo Ribeiro intitulada
Caderninho de viagem que iniciava assim:
Tempo bom era o de Marco Pólo, em que o sujeito fazia viagens longuíssimas pelo mundo todo e, ao voltar, podia contar algumas das magníficas mentiras de que se tem noticia.
Como
as viagens eram para poucos aventureiros, podia-se contar realmente encontrar
muita novidade e existia também a possibilidade de deixar a imaginação livre e
ao retornar contar “dos monarcas cujos palácios eram construídos do ouro e puro
cravejado de rubis, rios de leite e mel, mulheres aladas que arrebatavam os
homens, desfrutavam deles e os devoraram vivos”, sem que ninguém os chamasse de
mentirosos.
Hoje
em dia a novidade é difícil, nada que o seu ouvinte já não tenha visto ao vivo,
no cinema ou na televisão. Talvez alguns eletroeletrônicos no Japão ou nos
Estados Unidos. Parece que o mundo esta ficando cada vez mais igual.
Nesta viagem rimos muito, no primeiro dia em Quito, entramos num shoping center perto do hotel para um jantar e a praça de alimentação era quase igual as brasileiras, as mesmas cadeias de lanchonete, restaurantes italianos, chineses de japoneses, a única originalidade era um pequeno restaurante de comida típica de local. É a globalização dissemos um ao outro.
Nesta viagem rimos muito, no primeiro dia em Quito, entramos num shoping center perto do hotel para um jantar e a praça de alimentação era quase igual as brasileiras, as mesmas cadeias de lanchonete, restaurantes italianos, chineses de japoneses, a única originalidade era um pequeno restaurante de comida típica de local. É a globalização dissemos um ao outro.
Estamos
perdendo a originalidade. Mas ainda existem os que resistem, mantém os costumes
dos seus antepassados, como a equatoriana que ilustra este post. Mas será que o
seu filho não os trocará pela calça jeans e camiseta com inscrições em inglês?
Mas
apesar de não podemos mais contar relatos mirabolantes vale a pena viajar, a
menos que você seja daqueles mal humorados que gostam de tudo certinho, viajar
implica muitas vezes em enfrentar circunstâncias imprevisíveis (mas o
inesperado também pode bater a sua porta, não é mesmo).
E
antes de ir procure se informar sobre o lugar que vai visitar, um turista
informado pode aproveitar melhor as atrações que as cidades oferecem. E onde quer que seja o destino escolhido, seja um país super badalado, onde muitos dos
seus amigos já foram, ou um bastante exótico.
Aproveite
cada momento. Pare. Veja. Sinta. Reflita. Explore. Aprenda. Afinal você é uma
pessoa em férias. Comprou a sua alforria temporária e pagou caro por ela. Não
tenha remorsos, curta à vontade. Só não se esqueça de se sujeitar as normas da
boa educação e do respeito aos costumes locais. Educação não tem preço. Bom
humor e cordialidade também.
As fotografias são de equatorianos que encontramos na viagem e solicitamos que pousassem para nós, uma mãe e o seu filho com trajes típicos, acompanhando uma procissão em Quito, um senhor que vendia flores na porta de uma igreja no centro histórico, e o filho dos donos da fazenda sustentável que visitamos em Galápagos.
6 comentários:
Como é bom pegar carona nas tuas viagens e nos teus textos...
Bjs.
É legal ter essas referências mundiais em comida das franquias, mas é sempre bom também comer as comidas locais.
É dito que o verdadeiro turismo só é feito quando se pode mesmo que por pouco tempo vivenciar a realidade do lugar que se está conhecendo.
Vejo isso aqui.
Seu relato diz tudo.Belo,belíssimo!
Abraço carinhoso,
Marta, sempre vale a pena viajar.
Bjos
Vou transcrever um pedaço desse post e fazer meu complemento lá no blog, posso???
Beiko, saudade... (cheguei!)
Ah, que bom que vc conseguiu fotos, ainda que "alheias"!!!
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