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domingo, 7 de agosto de 2011

PRAZERES BARATOS


Abri a janela pela manhã e dei com chuva na janela, me veio a cabeça verso de uma música de Gil “faz tanto tempo que não tomo chuva/ faz tanto que não sei o que é ficar molhado”. Inspirada pela música, começaram a vir a minha cabeça perguntas deste tipo.

Há quanto tempo eu não ando descalça na grama, ou na areia. Embora o mar esteja relativamente perto, caminho na calçada. E um banho de mar, há quanto tempo? Caminhei pela praia e mergulhei no mar em Ilhéus, durante o carnaval, depois disso, nunca mais. Muito mais tempo ainda tem que curti um prazer mais raro, banho de cachoeira. Para desfrutá-lo teria que rodar quilômetros, indo para a Chapada Diamantina. Ou e ir bem mais longe nas outras Chapadas brasileiras.


Há quanto tempo eu não escuto um CD sem fazer nada, apenas ouvindo as músicas, prestando atenção nas letras? Nossa, há um tempão. Geralmente ouço música no carro, com o sentido no trânsito e outro no que esta sendo cantado.

E dançar? Nem lembro quando. Daquele jeito agarradinho, acho que só na última viagem a São Paulo. Mas, dançar por dançar, colocar uma música animada e balançar o corpo, que é bem mais fácil, nem sei quando.

Há quanto tempo que não vou à feira, supermercado pode ser prático, entretanto não tem graça. A feira tem calor, cor, mais variedade e contato humano. Quando estava no outro apartamento, gostava de ir aos sábados tomar o café da manhã na feira. Lá, em um restaurante simples, serviam à quilo, as delicias nordestinas: aipim cozido, carne do sol, cuzcuz de milho, banana da terra, bolos variados... era uma farra.

Há quanto tempo eu não faço uma atividade física, me restrinjo a umas duas ou três caminhadas semanais, insuficientes para perder os quilinhos que preciso. Sequer tenho conseguido reservar um momento do dia para meu bem estar, faz tempo que não me dou de presente o receber uma massagem.

Outra raridade é contemplar calmamente as fronteiras do dia. Como o meu apartamento é voltado para o nascente, quando acordo muito cedo, consigo ver o sol nascer com toda a sua beleza. Um por do sol maravilhoso exige a ida para algum lugar estratégico da cidade, porto da Barra, Solar do Unhão, Ribeira, e, como estou trabalhando neste horário, isto só é possível de vez em quando.


Mas porque estou escrevendo tudo isto? Me dei conta que muitas vezes, na lida do cotidiano, vamos nos esquecendo de pequenos prazeres, baratos, fáceis de realizar. Lembrar o quanto tudo isto é bom já é meio caminho para realizar. Vamos lá!

6 comentários:

Zeff 8 de agosto de 2011 às 09:45  

Pois é Marta, com minha memória musical lembrei logo de "Vapor barato" onde a poesia conta: "eu não preciso de muito dinheiro, graças a Deus...". Dizem que uma vida melhor é "muito cara". É fato que realmente o dinheiro compra algumas coisas interessantes. Mas o por do sol com amores e amigos... ah... isso o dinheiro não compra! Então, viva aos prazeres (deliciosamente) baratos! rs
Beijos.

Bel 8 de agosto de 2011 às 12:56  

Eu assino embaixo... essa vidinha corrida ainda mata a gente!!!
E tô indo pra Chapada, mas será que vou ter coragem de tomar banho de cachoeira, nesse frio???

Bel 8 de agosto de 2011 às 12:56  

Qdo vc vier aqui vamos à praia, pelo menos andar na areia, em vez da calçada!!!

Unknown 8 de agosto de 2011 às 15:02  

Há quanto tempo não se dá um tempo...é verdade, passa tão despercebidos os dias seguidos, um atras do outro e lá se vão os anos.Profunda reflexão, Marta. Abraços

Marcio Melo 20 de agosto de 2011 às 09:04  

Estou assim também, mas resolvi dia desses começar a fazer as 'coisas simples' novamente, tanta coisa a meu alcance como sair pela manha (ao menos no final de semana) e dar uma caminhada ali na praia, curtir um pouco o mar (só olhando que com esse tempo a água tá sujinha e frio).

Quando a gente menos se dá conta, a semana passa e a gente não fez "nada" de simples e interessante

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