80

Minha mãe fez 80 anos. Fez questão que a festa de comemoração fosse simples, do jeito dela. E foi assim cercada pela família e pelos amigos mais próximos que ela despediu-se dos 79 e entrou na oitava década de vida.

Não sei se há uma receita de bem viver, acredito que cada um descobre seu jeito de ser feliz e de lidar com os encantos e desencantos, com as dores e delícias que a vida traz. Certamente ajuda na caminhada, além da genética, os laços afetivos que vamos construindo.

Minha mãe nasceu numa família onde a afetividade era grande. Até hoje os irmãos cultivam o a amizade com encontros, conversas e muita risada.

Outro grande encontro foi com o companheiro amoroso. Se conheceram quando eram ainda muito jovens e certamente enfrentaram muitas crises no relacionamento, mesmo porque são bem diferentes um do outro. Mas sobreviveram a todas, unidos pela afetividade e pelo cuidado mútuo.

Os amigos e amigas que fez ao longo da vida, que visita, conversa, apoia nos momentos difíceis, são um lastro afetividade complementar à família.

Outra coisa positiva é que ela não é portadora de nenhuma doença cronica e faz atividades físicas regularmente, uma ajuda para manter a saúde.

Um amigo me disse hoje que são bem aventurados os que têm pais vivos por longo tempo. Podemos então, eu e minhas irmãs, agradecer a Deus esta graça e celebrá-la.