DOS TEMPOS DO TEMPO - PASSADO
Cada um de nós, à medida que avança na linha do tempo acumula um patrimônio na memória - o passado. Sim, nós humanos, temos como uma das características gravar o passado, rememorá-lo, registrá-lo, confrontá-lo com o presente.
Este tempo, que já não existe, permanece conosco, vai e volta, sem pedir licença, algumas vezes, não vai embora, nem quando queremos, insiste em estorvar o presente como um fantasma.
Quando a gente envelhece, o passado fica mais presente. Mecanismos neurológicos fazem com que seja mais fácil acessar a memória de longo prazo que a de curto prazo. Parece que queremos lembrar do que passou para dizer “confesso que vivi”. Neruda intitulou assim suas memórias.
Queremos nos fazer crer que houve sentido no viver, que a nossa história valeu. E vamos relatando, usando, é claro, alguma ficção, dando um tom mais forte de comédia, ou de tragédia, à depender da platéia ou da inspiração do momento.
É, o passado pode ter mil versões. E, assim, acredito, nasce boa parte da literatura: das mentiras narradas para contar as verdades. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: minha vida daria um romance e quantos romances nascem de histórias vividas.
A vida flui e não se detém, é incomensurável, dentro deste contínuo de tempo e espaço. E nossa história se mistura a muitas outras, por isto não tem começo, nem fim, somos parte desta coletividade humana que prossegue e se renova em cada geração.
Este tempo, que já não existe, permanece conosco, vai e volta, sem pedir licença, algumas vezes, não vai embora, nem quando queremos, insiste em estorvar o presente como um fantasma.
Quando a gente envelhece, o passado fica mais presente. Mecanismos neurológicos fazem com que seja mais fácil acessar a memória de longo prazo que a de curto prazo. Parece que queremos lembrar do que passou para dizer “confesso que vivi”. Neruda intitulou assim suas memórias.
Queremos nos fazer crer que houve sentido no viver, que a nossa história valeu. E vamos relatando, usando, é claro, alguma ficção, dando um tom mais forte de comédia, ou de tragédia, à depender da platéia ou da inspiração do momento.
É, o passado pode ter mil versões. E, assim, acredito, nasce boa parte da literatura: das mentiras narradas para contar as verdades. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: minha vida daria um romance e quantos romances nascem de histórias vividas.
A vida flui e não se detém, é incomensurável, dentro deste contínuo de tempo e espaço. E nossa história se mistura a muitas outras, por isto não tem começo, nem fim, somos parte desta coletividade humana que prossegue e se renova em cada geração.
Querida Tucha!
É precisamente pelo que vc escreveu "Cada um de nós, à medida que avança na linha do tempo acumula um patrimônio na memória - o passado. Sim, nós humanos, temos como uma das características gravar o passado, rememorá-lo, registrá-lo, confrontá-lo com o presente" que eu decidi escrever o meu passado.
Lindo o que aqui narra! Continu-o contando com tua presença lá no meu Transpondo Barreiras.
Um beijinho em teu coração.
Tucha,tens razão quando afirmas que depois de uma certa idade tendemos a recordar mais de fatos cronologicamente distantes...Talvez seja porque percebamos melhor com a maturidade o valor de cada coisa...e o que a literatura senão a expressão colorida da realidade de cada um?
Grande abraço pra ti e Renato Russo disse tudo sobre o tempo e seu valor nessa canção!
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