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sexta-feira, 8 de abril de 2011

PERPLEXIDADE


O louco se fechou ao riso
Se torceu convulso de fingida agonia
E como se lançasse flores à cova de um morto
Atirou-me guizos.
Por que ? perguntei adusta e ressentida


_ Ó Senhora, porque mora na morte

Aquele que procura Deus na austeridade


Hilda Hilst

Nunca iremos compreender a insanidade. Através da história atribuímos aos desvios e descontroles – enquadrados como loucura, os mais variados significados, dádiva ou castigo. Na Grécia Antiga, mensageiros dos deuses, na Idade Média, “possuídos” pelo demônio e condenados à fogueira, em tempos mais recentes uma doença, cuja origem é atribuída a múltiplos fatores (genética, história de vida etc).

A doença mental altera o pensamento, as sensações, as emoções. Tudo fica confuso, atrapalhado, dificultando a comunicação, a vida afetiva e social.

Agora que um isano foi o protagonista de uma tragédia, a mídia vai se encarregar de divulgar o medo e o susto. Espero que no meio de toda a exploração da dor alheia surjam os que possam com as palavras, trazer lucidez e compreensão.

3 comentários:

Adriana Alencar 8 de abril de 2011 às 07:24  

Espero que, além da melhor compreensão da doença, esse episódio traga a inspiração para o seu melhor manejo, a começar pelas instituições que o fazem.
Beijo
Adri

Marcio Melo 8 de abril de 2011 às 07:42  

Além da divulgação do medo e do susto, não vai demorar muito e começarão a aparecer reportagens sobre games violentos e a internet como causas (e não catalisadoras) dessas insanidades

Bergilde 8 de abril de 2011 às 10:01  

A concepção e formas de tratamento de doença mental com o tempo sofreram grandes transformações,porém é preciso vigilância de quem está vizinho aquele doente a fim de que o mesmo não se torne um perigo para si e para o proximo(...) e isso geralmente não ocorre!Da mídia,minha amiga em todo lugar esta aproveita de qualquer fato de cronica pra tornar audiencia e lucrar!

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