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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A HISTÓRIA PODE SER UMA HISTÓRIA

História é o nosso cotidiano, O tempo presente oferece pistas para releituras do passado e possibilidades de construção do futuro. As relações entre passado e futuro são definidas num constante recomeçar, reanalisar, redescobrir.

O relato do passado pode muitas vezes ser deturpado atendendo a interesses dos poderosos. São
célebres as fotografias em que Stalin “apagou” os camaradas que se tornaram inimigos políticos.

Os historiadores que escreveram a história do Brasil certamente enfrentaram problemas para serem fiéis aos fatos. Poucas vezes, por exemplo, o protagonismo de índios e de africanos foi reconhecido. Só mais recentemente pesquisas foram elaboradas para identificar e reconhecer o papel dos diversos atores na construção do país.


Seguindo a mesma tendência, os livros didáticos também falsearam a história a serviço de interesses políticos. Na analise da historiadora baiana Tânia Miranda*, a história “é descrita como um processo único e evolutivo, marcado por grandes eventos ou projetos vencedores”. Neles, continua a autora, “as mudanças históricas são conseqüência das ações de governantes e de heróis moldados para legitimar essa história.”

Esta conversa toda é para falar do livro que acabei de ler 1822. Nele o autor reconta a época da Independência do Brasil de forma criativa, trazendo detalhes que fazem da história uma aventura saborosa. Sem deixar de lado as perspectivas políticas, sociológicas e econômicas ele traz o passado por meio de seis personagens. Diferente das pesquisas históricas acadêmicas, ele, baseado em extensas pesquisas e visita a locais históricos, ele vai traçando pontes entre o passado e o presente.

No capítulo chamado A Bahia resgata a participação dos baianos nas lutas pela independência, das festas que fazemos celebrando a data e não deixa de mencionar a usurpação do nome de batismo do aeroporto de Salvador, que permanece atravessada na nossa garganta. Já falei disso aqui.

Enfim, o autor demonstra que a história do Brasil pode e deve ser pop, e todos devem interessar-se em saber mais sobre ela, para compreender melhor o presente. Veja entrevista do autor. O livro tem estado na relação dos mais vendidos, da mesma forma que o anterior do autor 1808. O único senão é o preço do livro, por que livro é tão caro no Brasil ?

*Miranda, Tania - O currículo e a prática do ensino da história, Jornal A Tarde. 13.02.11

Gomes, Laurentino. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010

4 comentários:

Ramon Pinillos Prates 18 de fevereiro de 2011 às 09:19  

HUm... parece ser interessante mesmo esse livro.

Bergilde 21 de fevereiro de 2011 às 06:09  

Nesse fim de semana ví Benini que recontou a história da unificação da Itália de um modo tão emocionante e ao mesmo tempo profundamente didático.
Dizer o que sente e sentir o que diz faz a diferença na hora de ensinar,seja através de um livro(como este que você citou),seja diretamente com o interlocutor(como faz o professor).
Abraços e boa semana,
Bergilde

Elcio Tuiribepi 22 de fevereiro de 2011 às 07:47  

Oi Tucha...acho que qualquer história fica mais interessante se contada de forma mais real, ela ganha no humor, na riqueza dos detalhes e o mais importante: na veracidade do ocorrido.
Um abraço na alma...livros são caros mesmo..uma pena.
Beijo

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 23 de fevereiro de 2011 às 04:30  

Eu tenho aqui e já li o 1808, excelente e esse deve ser do mesmo jeito.

Bjao

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