#navbar-iframe { height: 0px; visibility: hidden; display: none; }

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

12 LIVROS EM 12 MESES - JANEIRO


Para sempre Alice
Lisa Genova
Editora Nova Fronteira, 2009



Transformar uma doença em literatura não é tarefa fácil. Algumas doenças são mais literárias, sem dúvida. Um exemplo classico é o da tuberculose, que, com suas febres e urgências, inspirou um ciclo de histórias trágicas durante o romantismo. Em tempos recentes, a AIDS também deu origem a romances e contos comoventes.

No livro, a autora, uma neurocientista americana, Lisa Genova, explora numa obra de ficção, um distúrbio neurológico complexo e até hoje incurável, que atinge o cérebro e provoca a degeneração progressiva as operações cognitivas- o mal de Alzheimer. E nos perguntamos, como encontrar inspiração para uma trama numa doença que vai apagando a complexidade da realidade interna, tornando a mente em um grande silêncio. Um personagem cuja memória vai se apagando aos poucos não dificultaria o trabalho literário ?

Sem uma trama complicada, nem reviravoltas ou mistérios a narrativa transcorre sem grandes floreios, beirando à simplicidade. Aos poucos, vamos conhecendo a história de Alice, uma catedrática de Universidade de Harvard, casada com um biólogo e mãe de três filhos adultos.
Aos 50 anos, no auge da sua carreira acadêmica, começa a esquecer coisas simples. Em seguida, passa a ter momentos de branco total. Enfrenta o diagnóstico do mal de Alzheimer precoce, sem desespero. Busca informar-se sobre os sintomas e tenta combatê-los à medida que surgem, com uma sinceridade desconcertante.

Com todas as dificuldades nos identificamos com o personagem, acompanhamos sua luta contra a perda da memória, resistindo bravamente com a ajuda da família, dos profissionais de saúde e dos amigos. Reinventando, a cada dia a sua vida, aprendendo a se deixar cuidar, a não ser mais a mesma pessoa a medida em que sua memória vai sendo apagada.

O livro cumpre assim com a função primordial da literatura: nos levar a um mundo que não conheceríamos tão intensamente de outra forma. E Alice serve para nos lembrar que permanecemos para sempre humanos, mesmo que tenhamos perdido o que é essencial, a memória da nossa história de vida.

9 comentários:

Bergilde 20 de janeiro de 2010 às 12:35  

Livros assim que desmitificam conceitos e significados cientificos como esse que trata da doença de Alzheimer deveriam ser mais acessíveis ao público em geral.Ótima dica!Abraços,Bergilde

Bel 20 de janeiro de 2010 às 15:22  

Meu desafio literário é diferente, mas este já está na lista!

Bjooo

Bel 20 de janeiro de 2010 às 15:23  

Meu desafio literário é diferente, mas este já está na lista!

Bjooo

Dalva Nascimento 20 de janeiro de 2010 às 18:06  

Olá, Tucha!

Olha... 12 livros em 12 meses é pouco, viu... com mais esse aí prá minha lista. rsrs

Bjs.

Ramon Pinillos Prates 21 de janeiro de 2010 às 01:04  

Poxa, já leu 1 livro.
Eu ainda to tentando terminar 1.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 21 de janeiro de 2010 às 03:45  

Ai que eu quero lê-lo, amei a dica e principalmente porque estou em torno dos 50, ai...

Quer fazer uma resenha para o meu outro blog?

http://www.elasestaolendo.blogspot.com/

Se aceitar te envio por email como proceder.
saiajusta4@gmail.com

Bjao

Anônimo,  1 de fevereiro de 2010 às 18:36  

Já ouvi falar bastante desse livro, e sempre muito bem! Infelizmente ainda não tive a oportunidade de lê-lo!
Xerus
=***

Sonia H 1 de fevereiro de 2010 às 21:13  

Olá,
Venho agradecer a tua visita e dizer que adorei a dica do livro. Este é um assunto que me toca, pois conheço pessoas que têm um parente ou outro sofrendo dessa doença.
Já estrou para minha lista futura de desejos.
Parabéns pela ótima resenha!

DOIDINHA DA SILVA 3 de fevereiro de 2010 às 14:01  

Fiquei louca pra ler este livro !
Estou envelhecendo, e isso me incomoda muito....

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO