CAMINHADA DAS ÁGUAS

A caminhada era das águas e elas chegaram antes, lavando os caminhos. A madrugada foi de chuva torrencial, relâmpagos e trovões. O dia amanheceu cinza e poucos tiveram coragem de ir para o ponto de encontro. Fiquei em casa aguardando os acontecimentos, fazendo contato com o celular, só quase às 10 h fui ao encontro do grupo na primeira parada.

O caminho era longo, cerca de 18 km. Seguimos por uma das maiores avenidas da cidade. a Paralela. Costumamos passar em velocidade seguindo para o aeroporto ou as praias do Litoral Norte. Assim, foi pura novidade, caminhar, cruzar as passarelas, descobrindo pedaços da mata Atlântica e belas lagoas que estão sendo destruídos pela especulação imobiliária.
Estão sendo construídos cada vez mais imóveis na região, condomínios de casas (Alfaville I e II) ou espigões em série que só têm ecologia no nome... Brisas, Le Park. Além deles, um shopping e duas Universidades foram construídos na área. Perto de uma delas flagramos poluição, um líquido azulado (tinta?) sendo despejado.

A ausência do sol revelou-se positiva, pois caminhamos à sombra, em alguns momentos uma leve chuva refrescou mais que atrapalhou. Paradas estratégicas para água ou lanche. O final do trajeto foi contornando a lagoa de Pituaçu, dentro do parque do mesmo nome. Foram 8 km cercados da mata atlântica, com um gostoso cheiro de chuva. Para vencer o cansaço, muita conversa, risadas, água e a esperança da cerveja gelada.

E lá no Cantinho da Lagoa nos esperam boa música, o grupo Os Ingênuos encheu o lugar de samba e alegria. Completaram a festa cerveja e um peixe frito muito gostoso.

A demora para o relato se deveu a falta de fotografias, minha máquina fotográfica é em sociedade com o filho, e ele a esqueceu na bolsa da namorada na sexta. Me salvou a amiga Vera, que cedeu estas fotos feitas com o celular.