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domingo, 11 de janeiro de 2009

LIÇÕES DE ENVELHECER

Ontem minha tia ávo Nair fez 94 anos. Lúcida, animada, ela comandou o almoço, com filhos, noras, netos e bisnetos. Quero envelhecer assim, participando da vida, até o fim.

Tenho estado atenta aos mais velhos, buscando aprender com eles a envelhecer. A maior lição que tenho aprendido é não perder a alegria de viver. Não são nada fáceis os limites que o envelhecimento biológico impõe, mas buscar qualidade de vida para adiá-los e aceitar com suavidade o que é inevitável parece ser o caminho.

Dito assim, parece fácil, mas não é, uma batalha cotidiana tem que ser travada para vencer a acomodação e se mexer. Minha mãe é pra mim o melhor exemplo. Primeiro foi a natação, depois o alongamento, e assim vai se mantendo flexível e ativa.

O pai de uma amiga minha, aos 93, tem uma máxima: comer pouco para viver muito. Vivendo na Bahia, onde os prazeres da mesa são calóricos não é nada fácil. Criativa na cozinha, minha mãe (olha ela de exemplo de novo), faz as adaptações das novas receitas para padrões mais leves, e, conseguiu com suas coloridas saladas animar meu pai para enfrentar a dieta para diabetes.

A moderação é sempre um bom caminho, até para coisas que são reconhecidas como causadoras de danos, como as bebidas alcoólicas. Li hoje no caderno de Ciência & Vida da A Tarde, que uma pesquisa da Universidade concluiu que o consumo moderado de álccol reduz riscos de miniderrames que causam demência. Pequenas quantidades de acool podem melhorar o condicionamentoe das células do cérebro. Nenhuma apologia ao uso do alcool, a dependência e o excesso do uso já levaram pessoas muito queridas da minha família.

Acredito que, mais que vida saudável, estar ativo e ter sempre novos planos e projetos contribui para a longevidade. Tia Didi, que está fazendo hoje 80 anos, é a minha professora nesta área, está sempre inventando algo novo para fazer. Escreveu um livro, tentou aprender piano, cruzou a Bahia e ficou durante um mês participando de um encontro da Igreja.

Viajar é outra atividade prazerosa, envolve o planejamento, a viagem em si, e o relato. Sr Rufino, o pai da minha amiga Vera, é um mestre em viagens, cochece quase o mundo inteiro, sem falar outro idioma além do português, e ser ser um milionário. Agora aos 92, esta traçando planos, para a próxima, ao Havaí.

Não abrir mão também das pequenas vaidades, na minha família as mulheres não recorreram as plásticas, minha mãe sequer pinta o cabelo, mas estão sempre perfumadas, arrumadas e conservam um sorriso que ilumina o rosto e as faz lindas. Tia Didi ainda vibra com um vestido novo, e tia Nair arrisca costurar suas próprias roupas, e as refaz até que lhe pareçam bem.


No quesito relacionamento, os meus velhinhos são fiéis aos seus amores. Certamente que o companherismo afetuoso, ajuda e é apoio em momentos difíceis.Tolerância e afeto, sinalizam ser o segredo para manter um relacionamento por tanto tempo.

E termino com a música Lema, cantada por Nei Matogrosso que foi o primeio post deste blog, cuja proposta era, na qualidade de envelhecente, compartilhar experiências.

E que Deus nos proteja do Alzheimer, e nos mantenha sempre lúcidos, alegres e dançantes.

2 comentários:

Bel 12 de janeiro de 2009 às 10:22  

Amém!!!
Amei essa "bênção final"!!!
E seu texto, como sempre, pertinente, sensível e doce.
Quero ser como você, quando eu crescer! (Já disse isso??? hahahaha)

Maína Pinillos Prates 13 de janeiro de 2009 às 21:08  

Não abandone a sua hidro, vou tentar me manter na ginástica, o exemplo de Mada é se manter ativa e não se entregar pela idade.

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