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segunda-feira, 1 de abril de 2019

MINAS ARTE COLONIAL - CONGONHAS

Aproveitamos parte de um dos dias para visitar um dos tesouros da arquitetura colonial mineira: O Santuário Bom Jesus do Matosinho, com as esculturas em pedra sabão pedra sabão realizadas pelo artista barroco Antonio Francisco Lisboa. 


As figuras são impressionantes, nos gestos, na expressão facial o artista conseguiu captar a essência de cada um dos personagens bíblicos.


Estão em tamanho real, e foram respeitadas a posição seguindo a ordenação bíblica. Isaías e Jeremias ocupam os primeiros postos à entrada. 




No terraço intermediário, encontra-se Baruc à esquerda e Ezequiel à direita. 




Finalmente, alcançando o nível superior, temos posições de honra, Daniel e Oséias, seguidos imediatamente por Joel.



Ocupando os ângulos laterais da esquerda estão Amós, Abdias e Jonas, sendo que Naum e Habacuc ocupam posições correspondentes à direita. Finalmente, alcançando o nível superior, temos posições de honra, Daniel e Oséas, seguidos imediatamente por Joel. 



A trajetória é de uma seta numa linha contínua sobre a planta do adro, seguindo a ordem descrita, revelaria um desenho em ziguezague para a parte central das escadarias, com alternância de setas para a direita e oblíquas para a esquerda. Duas grandes diagonais se cruzam ao centro do último patamar, unem Joel a Amós e Jonas a Naum. O término da trajetória é assinalado, de ambos os lados, pela oblíquias que unem Amós e Abdias e Naum a Habacuc.



Os profetas são representados vestidos "à moda turca", com vestimentas exóticas, que incluíam longos casacos e mantos debruados de faixas bordadas, completados por barretes em forma de turbante. Estas representações eram usuais na arte portuguesa no período entre 1500 a 1800. Aleijadinho teve certamente conhecimento do tema, através de gravuras.


O Santuário fica numa colina e na trajetória ficam pequenas capelas onde estão representados os Passos da Paixão de Cristo. São cerca de 66 imagens no cedro, também esculpidas pelo artista e seus aprendizes.



Este conjunto, onde estão concentradas 78 esculturas que compõem o mais expendido conjunto de arte barroca no mundo: são 66 imagens de cedro e 12 em pedra sabão. Entre elas contam-se, no mínimo. 40 peça consideradas obras primas.  


Se levarmos em conta que todas estas obras de arte, foram executadas no espaço de apenas dez anos, de 1796 a 1805, por um só escultor, Aleijadinho, e alguns oficiais do seu atelier, é realmente surpreendente. Ficou curioso, saiba mais aqui.


A obra faz parte de um conjunto barroco mais amplo, que abrange algumas cidades da mesma região, tendo sido desenvolvido durante um curto período do século 18, e envolvendo alguns poucos arquitetos e escultores. Este é um fato único na história moderna da arte. Por isso vale a pena a visita.


Era uma vez um Aleijadinho,
não tinha dedo, não tinha mão,
raiva e cinzel, lá isso tinha,
era uma vez um Aleijadinho,
era uma vez muitas igrejas
com muitos paraísos e muitos infernos,
era uma vez São João, Ouro Preto,
Mariana, Sabará, Congonhas, era uma vez muitas cidades
e o Aleijadinho era uma vez.

Trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade sobre o escultor Veja mais aqui.

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