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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

LIMA - CENTRO HISTÓRICO

Mario Vargas Lhosa diz que toda a literatura peruana podia se dividir em duas tendências: "o endeusadores e os delatores de Lima", mas " a verdadeira cidade provavelmente não é tão bela como dizem uns, nem tão atroz como garantem outros." Mas opina que "as mais belas paisagens do meu país não estão nela, mas no interior, nos desertos ou nos Andes, ou na selva." Concordo com ele.



Essa foi a terceira vez que venho a cidade e confesso que não a considero das mais belas capitais da América do Sul. O céu quase sempre cinzento, deixa a cidade um tanto triste. Embora dessa vez fomos presenteados com um domingo de sol e muito azul, apesar do frio.


Começamos o passeio pelo centro histórico em um dos museus da cidade, para compreender que o território peruano já era habitado há mais de vinte mil anos: nazcas, moches, waris, chimus... 



Como foi hábito dos conquistadores, os espanhóis massacram a história nativa do Peru, derreteram objetos de ouro, imolando ícones religiosos e banindo tradições.


 Os arqueólogos e  historiadores tiveram que montar o quebra cabeça com o que sobrou da pilhagem. Mesmo assim há peças impressionantes pela habilidade de forjar metais ou de moldar argila.


Para honrarem os antepassados museólogos organizaram aqui museus fantásticos. As fotos acima são do Museu Nacional de Arquelogia, Antropologia e História do Peru, cujas fotos ilustram esse post. Existem também o Museu do Ouro do Peru, que visitei em outra oportunidade. E o famoso Museu Larco.


 A Plaza de Armas é o local da refundação da cidade, em 1553, pelo conquistador Francisco Pizarro. Como ocorre nas América espanhola, nessa praça fica o centro administrativo local.



Vizinho a Catedral o Palácio Episcopal, de 1922; na calçada oposta, o Palácio de La Unión, de 1942 e o Palácio Municipal, de 1944; na quadra lateral o Palácio do Governo, de 1938.


A Catedral é a unica construção que remonta ao vice-reinado espanhol. Os demais prédios, parecem ser mais antigos do que são, porque nos anos 20 e 40 estava em volga a arquitetura neo colonial - que utilizava elementos das construções coloniais, como balções de madeira entalhada, presentes nos edifícios da praça.





Seguimos caminhando pelos arredores. Encontramos a Casa da Literatura Peruana, instalada na antiga estação ferroviária.



Nas proximidade vale uma paradinha para conhecer o Bar e Restaurante Cordono, o mais antigo em funcionamento na cidade.
 Aberto em 1905, a casa mantem o antigo charme, servindo lanches e pratos simples da culinária local. Nas paredes fotografias contam a história do local.



Seguindo em frente, visitamos o Museu das Catacumbas do Convento de São Francisco. Fundado em 1546 e reconstruído pela última vez em 1642. 



O conjunto arquitetônico foi tombado pela UNESCO e contem inúmeras obras de arte sacra, que vale a visita. No seu interior estão as impressionantes catacumbas, o primeiro cemitério de Lima, onde não se pode fotografar. Recentemente arqueólogos contabilizaram 25 mil ossadas ali.



 Fique tão impressionada com a beleza dos azulejos sevilhanos, que os fotografei. Cheios de cor, diferem completamente dos nossos azulejos portugueses.



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