PRESENTES
Meu
Natal de sempre ficou na cidade onde nasci, nas ondas do mar, na
sombra das amendoeiras, no
azul do céu cheio
de sol.
Sim, era
verão, mas as vezes nevava algodão na nossa árvore de bolas
coloridas.
O dono
da festa era sempre lembrado e a história recontada, já representei
Maria, a doce mãe de Jesus, o anunciador anjo Gabriel, declamei
poemas, organizei
celebrações,
e, mesmo
não muito afinada, cantei.
Era
ainda um
tempo que eu
sonhava,
sapato
na janela,
cheio de esperanças de que algo viria, e sempre vinha. A
delícia da
surpresa de desembrulhar
e descobrir se os pedidos tinha sido atendido. Presentes recebi
e
dei, fui
filha ou
mãe, amada
ou amiga
em muitas
noites de Natal.
Navego
em lembranças confundidas de tantos natais, cheios de alegrias e
ternuras. A vida se acumula
em desvão da memória, mas prossegue. E
os presentes
sempre chegam,
materiais ou não, a
delícia
de um abraço
dado na hora certa, um por
do sol inesperado, sonhos materializados.
Espero
a
graça de
estar viva e merecer outros Natais e muitos presentes da vida.
1 comentários:
O Natal será sempre que abrimos o nosso coração a Jesus e o deixamos ficar conosco.
Será ainda quando O levamos aos outros que estão carentes sem abrigo nem pão.
E todos os Anos celebrando o Natal celebramos a vida e deixamos Jesus fazer este mundo melhor.
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