O LADO BOM DA VIDA
Acredito,
sinceramente, no valor dos pequenos prazeres. Todos os dias faço o possível
para encontrar os meus aqui, acolá, do jeito que dá. Estou parcialmente de
férias, (trabalhando apenas um turno) e tenho aproveitado para fazer o que
gosto.
Andar pela
cidade nas tardes com olhos de turista sempre desperta em mim uma felicidade
única. Ver um por do sol na Barra, tomar um sorvete na Ribeira, almoçar com
amigos sem ter pressa pra voltar ao trabalho.
Imaginar que
sou dona do meu tempo, que nenhuma reunião me aguarda, nada é urgente, e que
a vida cotidiana persiste enquanto embarco livremente numa
fantasia bem contada é um dos prazeres que mais valorizo na vida. Simples,
barato, mas nem sempre disponível. Ir a um cinema às duas da tarde, em plena
segunda-feira, com um precinho camarada é uma delícia.
Foi com esse
espírito que assisti, ao filme americano O lado bom da vida. Uma
comédia romântica, sem que isso seja um demérito. Não é daqueles caça-níqueis
explícitos, que podem divertir ou lamentar a escolha e o dinheiro gasto.
De um lado
Pat, representado pelo bonitão Bradley Cooper, um rapaz bipolar que tenta
retomar a sua vida, apoiado pela família, depois de uma internação
psiquiátrica. Do outro Tiffany, a bela Jennifer Lawrence (vencedora do Oscar de
melhor atriz), a mocinha igualmente complicada que tem compulsão por sexo, depois da perda do marido assassinado.
A história
emociona, diverte e nos faz refletir sobre os transtornos mentais. O que vemos
na tela é uma versão lifht, romantizada digamos assim, sobre a realidade das famílias que
convivem com este tipo de doença.
Na trama o
transtorno eclodem apos um trauma, adoece apos surpreender a
traição da mulher tendo ao fundo a música tema da sua cerimônia de casamento. Se todas as
pessoas traídas reagissem com o desequilíbrio de Par a vida em grupo se
tornaria impossível.
A vida é dura. Duríssima, se pensarmos em tudo que a
humanidade passou para chegar até aqui. Fatores que causam estresse sempre
existiram, desilusões, amarguras também. A questão é como cada ser humano,
único e singular, reagem a estes fatores, especialmente se é um portador de um transtorno emocional.
Felizmente nem todas as pessoas que se submetem a um stress desenvolveram
uma doença psiquiátrica. Entretanto ela pode ser o gatilho para o aparecimento
dos sintomas se a pessoa tiver propensão genética ao transtorno. Estudos demonstram que parentes próximos aos que sofrem de transtorno
bipolar, estão mais predispostos a desenvolver a doença que a média das pessoas.
Quem sobre desta doença alterna momentos de depressão com episódios
maníacos, onde apresenta uma sensação de grande energia, podendo ficar
acordado, agitado, realizando atividades por longo tempo seguido (exatamente
como vemos no filme). Como ocorre com outras doenças tem graus variáveis de sintomatologia. Muitas vezes, o pensamento fica
confuso, as idéias aceleradas e o descontrole dos impulsos. Este descontrole poderá
se manifestar de várias formas: gastos excessivos, direção perigosa, episódios
de irritabilidade ou agressividade, conduta sexual exacerbada.
A Associação Brasileira de Psiquiatria diz que esse transtorno acomete
de 1% a 3% da população. É uma doença que precisa de diagnóstico correto e
tratamento cuidadoso. Felizmente é tratável, através de medicamentos estabilizadores do humor, podendo ou não ser complementadas com sessões de psicoterapia.
Li que o diretor do filme David O. Russell tem um filho bipolar de 18
anos, o garoto faz uma participação no filme. É o vizinho curioso que vive
batendo à porta da família.
Fazer um
filme sobre o tema pode contribuir para a identificação sobre o problema e as
formas de tratamento. E especialmente ajudar a quebrar o preconceito em relação as doenças psiquiátricas.
6 comentários:
Tive a oportunidade de conviver por um período de estágio universitário com pessoas portadoras de transtornos emocionais e realmente este filme apresentou muito bem este tipo de realidade.Você,como sempre,excelente narração!Bom prosseguimento de férias neste ritmo bem relaxado mas cheio de substância para conosco partilhar!
Que bom que você também gostou do filme. Por enquanto um dos melhores do ano.
Assim como Ramon eu também acho que é um dos melhores filmes do ano.
As comédias românticas realmente são desmerecidas porque elas deixaram de ser o que tinham de ser (engraçadas e românticas) para ser apenas caça-níqueis realmente, mas aqui o caso é bem diferente.
E ainda ajudou a abrir os olhos para alguns tipos de problemas que assolam boa parte da população.
Filmes assim são gostosos de se assistir.
A cada hora sou chamada, é desafiada
para aprender nova lição,
para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próximo.
Experimentar tudo na vida é bom.As coisas ruins me ensinam a viver.
As coisas boas me mantém viva.
Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofri.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego
em Deus.
Nesse dia consagrado a mulher venho te deixar meu amor e carinho.
Eu sou mulhor.
Eu sou mãe.
Eu sou avó.
Eu sou bisavó.
E continuo sendo (Mulher)
Meu eterno carinho .
Beijos na sua alma.
Evanir.
Amei conhecer seu blog conhecer um pouco de você no seu perfil
e postagens.
Não vi o filme.
Agradeço a visita.
Todos os dias encontramos pessoas com dupla personalidade. Penso que devemos saber conviver com elas ajudando-as a superarem os períodos de mau humor.
Adorei o livro, ainda não consegui ver o filme...
Tem selinho procê lá em casa:
http://infinitoparticulardalva.blogspot.com.br/2013/03/obrigada.html
Bjs.
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