OLHANDO AS CIDADES
Gosto de olhar os
ritmos urbanos e nada me encanta mais que uma cidade com espaços públicos bem cuidados: praças, parques, jardins, calçadas. E nada traz mais inveja que uma cidade
onde se pode circular facilmente, com um sistema de transporte eficiente, calçadas onde se pode caminhar com liberdade.
Infelizmente a cidade
em que vivo enfrenta neste momento uma série de dificuldades ocasionadas
especialmente pelo abandono do poder público. E ela não é a única, na semana
passada andei por cidades do interior da Bahia e a maioria delas está
enfrentando problemas com a transição de gestores municipais.
Funcionários em greve
por falta de pagamento, equipes reduzidas por demissões tudo isto gerando um impacto nos
serviços oferecidos à população. Estes problemas temporários vão se somar aos
já existentes, calçadas quebradas, ruas esburacadas, violência urbana. E vou ficando
cada vez mais pessimista em relação gestão pública no Brasil.
E todo este quadro vai ampliando a segregação, criando uma especie de "apartheid". Aqueles que têm maior
poder aquisitivo estão construindo "cidades" dentro das cidades. São
condomínios "fechados" protegidos por muros, seguranças, câmaras. Neles há escolas, academias, áreas de lazer toda a infra estrutura para que a família
fique protegida.

Quando sai do confinamento, vai de carro para outros espaço fechados. E as crianças conhecerão a cidade apenas pela janela do automóvel.
E quem não vive nestas "ilhas" enfrenta a cidade real, os ônibus cheios, corre o risco de tomar uma queda nos buracos da calçada.
Quando sai do confinamento, vai de carro para outros espaço fechados. E as crianças conhecerão a cidade apenas pela janela do automóvel.
E quem não vive nestas "ilhas" enfrenta a cidade real, os ônibus cheios, corre o risco de tomar uma queda nos buracos da calçada.
Esta é uma realidade em muitas grandes cidades do Brasil. Amo o Rio de Janeiro e sofro com o descaso das autoridades e também do povo, que não coopera para manter a cidade limpa. Por isso crescem cada vez mais os "paraísos artificiais" dos condomínios fechados, como se isso resolvesse o problema.
Bjs.
É verdade... triste verdade.
Será que ainda muda?
Postar um comentário