NAVIO NEGREIRO
Cruzando o tempo daqui se vê
muito negreiro vendendo o quê?
Traz escondido em seu mar querer:
áfricos, tráficos, vida e ser.
Varando as ondas escuto a dor.
Feito um lamento: aí meu Senhor !
Onde a razão trata do furor
canta a vingança de clara cor.
Por todo mar há liberdade.
Há muito dom de verdade
Cada lugar do oceano.
Faz onda como deseja,
Todo corrente é quimera
só quem pretende guarda a dor
Todo negreiro é navio mêrce,
de muitas ondas, de outro querer
Quem prende alguém, a qualquer dever,
Torna-se escravo até sem saber
Quem é mais livre: corrente ou pé?
Mordaça, voz, sombra ou luz até
Eis o silencio a resposta é
Livre é quem vive de fé em fé.
Gladir Cabral
As fotos são de Vitória Cristina Aranha e Adenor Gondim.
E para que quer alegria e liberdade ouça Siyahamba- cantada pelo Mwamba Children's Choir
Visitar seu blog é encontrar boa leitura com estilo e enriquecimento cultural.Esse vídeo pra mim é novidade.Achei o máximo as informações e o salto nas nossas origens.Demais essas crianças.Amei!
Marta, que lindo este coral. Uma beleza e um enriquecimento.
O poema me fez lembrar Navio negreiro de Castro Alves.
Bjos
Amei o coral!
Bjs.
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