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sábado, 31 de dezembro de 2011

MERGULHANDO NO NOVO ANO


No calendário ocidental um ano está terminando. Mas como diz Drummond “o último dia do ano / não é o ultimo dia do tempo/ Outros dias virão...” Os homens criaram esta ilusão, arrumando o tempo em ciclos, com este nosso jeito de renovar as coisas, acreditando que com o calendário velho no lixo e o novo na parede, tudo vai mudar.

Mas o relógio do tempo tudo ignora, nos contempla com olhos indiferentes e prossegue. O Quintana nos diz: “Quando se vê, já são seis horas!/ quando se vê, já é sexta-feira! / quando se vê, já é natal / quando se vê, já terminou o ano... / quando se vê perdemos o amor da nossa vida (...)”. O tempo voa, foge aos nossos dedos.

Os músicos do grupo Legião Urbana cantavam: “Todos os dias quando acordo/ já não tenho mais o tempo que passou/ mas temos muito tempo/ temos todo o tempo do mundo/ Todos os dias/ antes de dormir/ lembro e esqueço como foi o dia/ sempre em frente/ não temos tempo a perder”. Ouvindo me questiono como aproveitar o tempo?

Há um salmo bíblico que é uma oração: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios”. Rubens Alves diz a sabedoria se inicia quando aprendemos a contar o tempo e que “quem conta o tempo sabe que o tempo não soma, ele só subtrai.” Dentro da lógica vamos subtrair do corpo e da alma as coisas pesadas que a passagem do tempo foi sedimentando, jogar fora o que é inútil, negativo, esquecer, perdoar. Alves diz que Deus subtrai, esquece, perdoa, nos propõe a voltar a ser criança.

Inspirada por um singelo verso de Carlos Drummond de Andrade

Flui a vida como água,
como água se renova.
Se a vida me foge, afago-a
Em cada esperança nova.
Desejo me despedir do ano com um mergulho nas águas, quentes e deliciosas do mar da Bahia, a água tem o poder de subtrair. Simbolicamente quero me despedir do que não me serve mais: as mágoas, os desencantos, as tristezas e me renovar em esperança e animação.
Um amigo compara o novo ano a uma cocha de retalho gostei da metáfora, retalhos de tempo que vamos unindo, e, o feminino busca também bordar com "a agulha do real nas mãos da fantasia" e vamos no dia a dia "no zig zag do tormento, as cores da alegria, a curva generosa da compreensão" vamos lá construir o ano novo.

3 comentários:

Carlucha 31 de dezembro de 2011 às 19:40  

Feliz 2012 Tucha, que o amor esteja presente em todos os momentos deste novo ano, renovando as esperanças, reciclando as idéias e ampliando os horizontes!! Bjos e fique com Deus!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 4 de janeiro de 2012 às 21:16  

Uma colcha de retalhos é o que a vida é. Umas fases mais coloridas outras nao.
Gosto demais de Rubens Alves,

Bjao

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