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sábado, 4 de junho de 2011

RAZÕES DO AMOR


O dia dos Namorados se aproxima e a publicidade incentiva a troca de presentes entre os enamorados. Um deles me chamou a atenção, promete que o produto vai fazer o relacionamento vai voltar ao ardor dos primeiros tempos.

Fiquei me questionando: será que o amor precisa ser reativado com presentes? Será que o amor é regido pela lógica das trocas? Será que se mesmo amor com amor se paga?

Lembrei um poema de Drummond que diz: “ Eu te amo porque te amo/ o amor é um estado de graça/ e com amor não se paga”, e prossegue reafirmando as sem razões do amor “o amor é dado de graça / é semeado no vento/ na cachoeira/ no eclipse.”

Será que o poema tem razão, o amor não flutua ao sabor dos gestos do amado, acontece independente do que ele faz? Nada devo e ele nada me deve. Como as flores que florescem porque florescem, sem razões ou explicações “Porque amor é amor a nada/ feliz e forte em si mesmo.”

Certamente o poeta estava apaixonado ao escrever estes versos. Só quando estamos apaixonados acreditamos que o amor é assim tão sem razões. E se nós, olharmos para o amor com os olhos de suspeita, curiosos, questionadores e buscássemos as razões do amor.

Hipóteses não faltam e busquei na literatura, uma delas. Milan Kundera, no livro a Insustentável Leveza do Ser, diz que “o amor começa por uma metáfora”. Para ele, “existe no cérebro uma zona especifica, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida.” Assim, amor começa então quando nos encantamos, “no momento em que uma mulher (ou um homem) se inscreve com uma palavra em nossa memória poética.”

Esta é uma pista para gente compreender as razões do amor, o amor nasce, vive pelo delicado poder da imagem poética que o amante vê no rosto, ou na fala da (o) amada (o). Este encantamento é como uma chama, comparava um outro poeta, o Vinicius, que não é imortal, mas é "infinito enquanto dura". A chama precisa ser realimentada para reacender-se. E certamente não serão os presentes que farão isto, mas o recuperar constante da poesia e do encantamento.

6 comentários:

José Sousa 5 de junho de 2011 às 07:18  

Tucha meu amor!
Aqui em Portugal o dia dos namorados é sempre no dia 14 de Fevereiro. Pois é o dia de São valentim, um santo que era muito namoradeiro.
Se vivesse pertinho de ti, no dia de namorados te oferecia um ramo de rosas vermelhas com uma linda dedicatória de Amor.

Um beijo bem grande em teu coração.

Bel 5 de junho de 2011 às 09:59  

Eu já vivi uma "fase" em que nunca recebia presentes, e isso me doía ao ponto de eu mesma comprar presentes para nós dois nas datas especiais, como Dia dos Namorados e aniversários vários. Depois que acabou foi que percebi que o que faltava não eram os presentes... e sim o genuíno interesse pela [minha] pessoa.

Hoje vivo outra "fase" onde presentes são constantes, mas NUNCA em datas comerciais ou específicas. E o interesse genuíno é diário. Bem melhor assim, né?

Bjoooooo

Ramon Pinillos Prates 5 de junho de 2011 às 17:49  

Amor melhorar com presentes só se o relacionamento for motivado por interesses financeiro. hahahahahah

Tucha 5 de junho de 2011 às 18:35  

Oi José
Grata pelas rosas, vc sabe mesmo transpor barreiras.

Oi Bel
vc falou e disse...

Tamara Guerra 5 de junho de 2011 às 20:26  

Adorei a crônica!!!
Bom é comemorar todos os dia!!!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 8 de junho de 2011 às 12:11  

Eu nao ligo para a data do dia dos namorados. Mas marido chega com flores e eu preparo sempre um prato que sei que ele gosta. Prefiro o cuidado no dia a dia, a atencao no dia a dia. Isso prá mim é muito mais importante.

Bjao

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