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terça-feira, 19 de outubro de 2010

12 LIVROS EM 12 MESES - OUTUBRO

Pequena AbelhaChris Cleave
Rio de Janeiro - Editora Intrínseca- 2010


Fiquei interessada no livro depois que li entrevista do autor na revista Época. ele dizia que a discussão central do romance “era o eterno dilema da caridade, quanto devemos abrir mão de nossa vida confortável para ajudar seres humanos que não têm nada?” Este comentário aguçou minha curiosidade, discutir caridade em um romance?.

O titulo singelo disfarça uma história pungente e agitada. Além de um bom enredo o livro é também bem escrito, respeitando a inteligência do leitor e fazendo-o refletir. Está entre os mais vendidos na Europa, e nos mostra que qualidade podem estar juntos;

Para não estragar a sua experiência de leitura, alguns detalhes do livro têm que ser mantidos em segredo. O que pode ser dito, é que ele conta a história de duas mulheres bem diferentes. Uma é Sarah, jornalista inglesa e editora de uma revista feminina. A outra é Pequena Abelha, uma adolescente nigeriana.

Em encontro inusitado e apavorante, numa praia da costa da Nigéria suas vidas se chocam. A sobrevivência da adolescente e de sua irmã, depende de uma decisão terrível de Sarah e do seu marido. Este episódio irá mudar radicalmente a vida de ambas. Dois anos depois, elas se reencontram, desta vez na Inglaterra e novas escolhas precisam ser feitas.

Mistérios, não? O ingrediente surpresa é o ponto forte do texto. Escrito com doçura e sensibilidade o livro nos envolve e desperta a reflexão sobre o dilema dos refugiados politicos, economicos e sociais que chegam os países mais organizados.

A narrativa é alternada entre as duas mulheres, revelando aos poucos seus problemas, medos, sentimentos e segredos. O autor cria identidades cativantes e bem delimitadas, com jeito diferente de pensar, falar e ver a vida, numa boa construção dos personagens.

A idéia de escrevê-lo ocorreu depois que Cris Cleave trabalhou como voluntário num centro de detenção de imigrantes e conhecer algumas histórias de pessoas que estavam presas. Ele diz a revista Época: “ era um lugar horrível, e escrevi a respeito na esperança de alertar para o que passam os refugiados em meu país.” Mesmo tendo como pano de fundo a burocracia inglesa e o tratamento insensível dado aos refugiados no pais , o livro é maior que uma denúncia. E sensível, tem uma intensidade emocional que desperta reflexões sobre o humano.

1 comentários:

Bergilde 24 de outubro de 2010 às 09:46  

Oi Tucha! Mais uma dica de leitura interessante passada por você.Um livro que parece mesmo refletir a realidade de muita gente que vive até de modo clandestino e sofrendo a dura realidade de imigrado em paísees ditos civilizados e desenvolvidos.Já ouvi falar,mas ainda não li,obrigada pela sugestão!
Meu abraço.

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