UMA NOITE EM 67

A influência para esta mudança veio de uma inovação tecnológica, a caixa de imagens que se moviam, criada nos anos 40, mas só plenamente popularizada nos anos 60 – a televisão. No Brasil, a mote da mudança foram os Festivais de Música organizados pela Record.
Assisti na semana passada um documentário que reconstitui a noite que se tornaria um marco dessa revolução, a final do maior festival de todos os tempos, o 3º Festival de Música Popular Brasileira. Estavam lá e foram os cinco primeiros finalistas da competição alguns dos artistas que se tornariam a nova e genial geração da MPB. Ninguém menos que Edu Lobo (com Ponteio), Gilberto Gil e Mutantes (com Domingo no Parque), Chico Buarque e o MPB 4 (com Roda Viva), Caetano Veloso (com Alegria Alegria) e Roberto Carlos (com Maria, Carnaval e Cinzas).
O documentário mescla a apresentação das músicas, entrevistas nos bastidores do festival, com depoimentos obtidos de testemunhas privilegiadas: os cinco vencedores, os organizadores, jurados. Alguns momentos são hilários, como a pergunta de Randal (jornalista da Record na época) à Caetano, sobre o que significava o termo “pop”, Caetano, então com 23 anos, responde naquele seu estilo, e se percebe que o entrevistador não entendeu a resposta.

Mais que revoluções artísticas, começam ali inovações nas vestimentas dos artistas, dos tradições smoking, aos paletós colorido, camisas de golas goleiro e a forma de relação do público, que os espera mais engajados.
Além de recuperar a história de um tempo criativo, o filme é também um passeio pela memória de muitos que viveram aquela época. Na minha, por exemplo, voltou a minha primeira viagem ao Rio de Janeiro, adolescente, trouxe de lá compactos ( discos com 2 ou 4 faixas) de Alegria, Alegria e Domingo no Parque. Fui com uma velha amiga e nos divertimos cantando baixinho as canções.
Para saber mais do filme Uma noite em 67 click. Se puder vá vê-lo, recordar ou conhecer mais da história musical brasileira.
Fantástica lembrança de um país polarizado e de uma criatividade musical que se tornaria caminho de luta e de afirmação positiva em meio a tanta negatividade... Eu começava a morar em Recife nesses tempos... tempos dos meus 16 anos e do encantamento irresistível por Chico Buarque... Primeiros aprendizados de uma vida que teima em não ser capturada...
Me falaram bem desse filme, mas o tema não me interessa muito.
Eu queroooooo!!! Mas pelo jeito só vou assistir qdo conseguir comprar em DVD. Na nossa Capitania não vai passar, é claro. E os planos de ir à capitá... deixa pra lá. Vou ficar de olho qdo lançarem.
MAs esse Ramon, hein? Só rindo...
Bjoooo
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