RETORNOS

A madrugada trouxe a tempestade e o retorno de Caburé foi quase uma raly. Primeiro a praia, onde a água escoada da chuva formou véios e num dos tombos a caixa de marcha do bugre cismou de não engatar mais a primeira, uma certa tensão tomou conta de nós... Chegaram as dunas, o receio era que a areia amolecida nos fizesse parar e atolar. Nos desaconselharam a ir para Barreirinhas, a chuva formou grandes poças em alguns lugares. Optamos por retornar a Tutoia, aí as emoções aumentaram, a estrada em terraplanagem virou um mar de lama, onde derrapavamos. Graças a habilidade do motorista e a proteção divina sobrevivemos sem um arranhão, cheios de lama e de areia.

Aqui os aventureiros tomaram então diferentes rumos. Meu companheiro de viagem, que estava em férias, prosseguiu pelo litoral do Piauí e Ceará. Fátima e Jácome, tiveram de dar um tempo na oficina para recuperar o bugre azul e prosseguirem subindo. Eu retornei a São Luis, pois me esperava um voo de retorno.

Aproveitei para conhecer o lado da cidade. Sim, a cidade de São Luís são duas, de um lado a histórica e além da ponte, a moderna. A ponte de São Francisco foi construída na década de 60 e fez surgir do lado de lá uma nova cidade, cheia de edifícios, shopping Center, hotéis. Começa na Ponta de Areia e segue pelas praias de São Marcos, Calhau, Olhos d’água.

Aproveito o últipo post para satisfazer a curiosidade de Georgia. O arroz de cuxá é um prato da culinária maranhense de influência africana, o arroz é misturado a vinagreira, uma planta de sabor ácido. O segredo da receita é a dose certa da vinagreira.
Gostei também de uma outra delícia, o doce de espécie, de origem portuguesa, uma base de massa onde se sobrepõe uma cocada, finalizando com uma espécie de laço de massa. É assado em forno.