POR UM ANO NOVO

As imagens que nos chegam são eloquentes, o gelo das calotas polares está derretendo, assistimos assustados as desastrosas mudanças climáticas. O sol, cansado da nossa fumaça, da nossa poluição, da nossa irresponsabilidade, despeja sobre nossos corpos frágeis escaldantes vapores. Uma quentura (como dizemos aqui na Bahia) dificil de suportar.

Teremos tempo de deter a destruição? O tempo, cronos, o dos relógios que não param, prossegue. Esta centopéia do passado, presente e futuro, que devora os verbos, que transforma nossos corpos. Mudaremos o destino da nossa casa comum a Terra?

Chega um novo ano, renovam-se as promessas de sermos mais cuidadosos com o planeta. O quanto estamos dispostos a mudar? Reduzir o confortável uso do carro, reciclar, tomar banhos mais curtos, e sobretudo pressionar os governantes para a adoção de medidas que favoreçam o meio ambiente. Me dizem que é dificil ser verde. Mas vale a pena tentar.

E certamente outros anos virão, antes que o nosso planeta seja destruído. Muitos de nós terão o seu Juízo Final particular enquanto a Terra vai recebendo folias de fevereiro, cores de abril, águas de março, névoas de julho, paixões de setembro, doces novembros. Porque apesar de todas as mudanças climáticas, a maravilha de estar vivo e de olhos abertos e atentos para as belezas da natureza, enquanto o tempo nos enreda com seus outonos e primaveras.

FELIZ ANO VERDE