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sábado, 28 de novembro de 2009

CASAMENTO SILENCIOSO


Falar com criatividade sobre um tema doloroso pode ser uma forma de recuperar-se e seguir adiante. A comédia é usada como uma metáfora da sensação da população romena diante da dominação russa, assim é o Casamento Silencioso.

A história se inicia nos dias de atuais, com uma equipe fazendo uma reportagem sobre fenomenos paranormais num vilarejo distante, onde vivem apenas viúvas. Para compreender o que acontece retrocede-se no tempo.

Ano de 1953, a austeridade regime comunista russo é vista com sacrasmo pela população romena que tenta viver o seu cotidiano com alegria. Um casal de jovens - Mara e Iancu - vivem uma intensa paixão, e vivem transando pelos arredores da aldeia, despertando comentáros. O pai da moça, exige uma definição, depois de dizer que a moça se entregou porque gostou e provocar uma briga, o jovem Iancu decide pedir a mão da moça em casamento.

Duas sequências são memoráveis. Uma delas ocorre quando chega um representante do governo russo trazendo cultura atavés do cinema. Sem luz elétrica busca-se um projetor improvisado. O que se vê na tela é um filme de propaganda ideológica e as pessoas se distraem, e nos seus movimentos criam uma divertida confusão na platéia, uma referência explícita ao cinema de Chaplin e dos irmãos Marx.

O ponto culminante do filme é mesmo a cena da festa de casamento. Depois de muitos preparativos, com toda aldeia envolvida, muita comida e música, os moradores são supreendidos com a presença de um oficial russo que proibe a celebração, proque naquela data havia morrido Stálin, o líder da União Soviética à época e havia sido decretado luto oficial.

Frustrados, os moradores aparentemente acolhem a ordem, recolhendo mesas e alimentos, entretanto resolver fazer a festa secretamente, dentro de casa e em completo silêncio. A cena é antológica, e vale ver o filme só por ela. Embora a situação seja cômica, mistura-se também o sentimento de tensão diante do perigo.

Inspirador e instigante o filme traz a mensagem da resistência através de um estilo de vida cheio de humor que os mantem unidos e lhes dá a identidade de povo. A alegria e a arte como caminho para sobreviver ao arbítrio.

5 comentários:

Carlucha 29 de novembro de 2009 às 05:34  

Gosto de filmes que usam a ironia como forma de crítica! Este parece mostrar que mesmo sob ameaça, é possível enfrentar a violência sem aquela passividade destruidora da dignidade humana! Valeu! Bjo

Celamar Maione 30 de novembro de 2009 às 13:16  

Concordo. A alegria e a arte são boas defesas contra o perigo.
Boa dica.
Agradecendo e retribuindo a visita.

Boa semana !

Bergilde 1 de dezembro de 2009 às 12:41  

Refletir sobre a vida em forma de humor inteligente é muito mais prazeroso.Gosto desse tipo de filme.Abraços,Bergilde

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