O AMADO - VIDA DE ESCRITOR

Mas um outro autor foi despertando minha atenção, especialmente porque pela sua linguagem livre e suas história envolvendo personagens bem populares, não era recomendado para mocinhas bem comportadas. Tinha que lê-lo escondido, tirava o livro discretamente da estante, geralmente à noite, para ler enquanto todos dormiam.
Desta forma, li Gabriela, cravo e canela. Os personagens nada convencionais: mocinhas rebeldes, prostitutas, coroneis, jagunços, e as histórias deliciosamente bem humoradas e cheias de surpresa me envolviam e afugentavam o sono. Sem dúvida que a proibição dava a leitura um prazer adicional, mas o encanto vinha também da história está ambientada na cidade onde em nasci. As ruas, os locais descritos faziam parte do meu cotidiano.
Outros livros vieram na sequência. O mais entusiasmente foi sem dúvida as história dos pescadores e o poético amor de Guma e Lívia, de Mar Morto. Sonhava ser morena e filha de pescador, mas era branca, filha de comerciantes.
É claro que depois teci muitas críticas a literatura de Jorge, especialmente aos últimos livros, já não tão bem elaborados artisticamente. Entretanto não tenho dúvida de que ele foi um grande contador de histórias e suas obras são um canto de amor a Bahia. Em alguns momentos, caminhando pelas ruas de Salvador, deparo com pessoas e tenho a sensação de que estou diante de um dos personagens de Jorge. Acho que está admiração pelo povo sua beleza e sua sabedoria é o que ainda permanece em mim, despertadas pelo Amado.
Outros livros vieram na sequência. O mais entusiasmente foi sem dúvida as história dos pescadores e o poético amor de Guma e Lívia, de Mar Morto. Sonhava ser morena e filha de pescador, mas era branca, filha de comerciantes.
É claro que depois teci muitas críticas a literatura de Jorge, especialmente aos últimos livros, já não tão bem elaborados artisticamente. Entretanto não tenho dúvida de que ele foi um grande contador de histórias e suas obras são um canto de amor a Bahia. Em alguns momentos, caminhando pelas ruas de Salvador, deparo com pessoas e tenho a sensação de que estou diante de um dos personagens de Jorge. Acho que está admiração pelo povo sua beleza e sua sabedoria é o que ainda permanece em mim, despertadas pelo Amado.
Este post faz parte da blogagem coletiva Vida de Escritor, puxada pelo Fio de Ariadne.
De Jorge Amado li somente Capitães de Areia o qual muito me agradou.
Tenho essa mesma sensação que você ao ler autores da minha terra, como Fernando Sabino ou Roberto Drummond quando descrevem as esquinas e ruas de Belo Horizonte.
É mágico ler e poder passear pelo cenário contado nos livros, não é?
Beijos Tempestuosos!
QUE BOM encontrar aqui as histórias, a brasilidade e o encanto de Jorge Amado! Abraços.
Tucha, eu tb li "Mar Morto". E gostei muito. Tenho aqui comigo "Farda, Fardão Camisola de Dormir, mas não consegui ir à frente.
Muito legal ver Jorge Amado por aqui!!!
Beijos, Márcia
Jorge Amado, sem nunca abandonar suas raízes nacionais, expõe de maneira brejeira os personagens , mostrando não só as mazelas, mas tbém a sensualidade, o folclore e as tradições brasileiras. Bjo
Mar Morto é um dos meus livros mais queridos. Muito obrigada pela participação. Seu post ficou ótimo.
Abraço
Tucha, Mar morto tenho ele aqui em alemao, acredita? Christian gostou de lê-lo.
Bjus
Bon giorno carissima, eu li Mar Morto e Capitães da Areia do Jorge Amado, mas isso foi no tempo colegial/faculdade. Depois não me interessei mais pelo estilo.
Deve ser trauma de leitura obrigatória.
Beijos
Tucha,
Jorge Amado foi muito importante numa época de minha vida, quando estava descobrindo o prazer da leitura... foi um dos primeiros escritores brasileiros que li. Lembro-me que fiquei encantada pelo lirismo de Mar Morto, e pelo realismo de Capitães de Areia.
Um beijo!
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