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quarta-feira, 8 de julho de 2009

VINHO - SEGUNDA TAÇA

Mitologia e história se confundem quando falamos de vinho. A caminhada do vinho vem misturada as histórias das religiões, do teatro ( Dan comentou sobre isto no post anterior), da agricultura.

Um dos momentos religiosos mais significativos do cristianismo, foi a última celebração da Páscoa do Cristo. Nela, usando o pão e o vinho como símbolos, Ele selou a nova aliança com a humanidade.

Ergue o cálice, dá graças e exclama: Bebei dele todos; isto é o meu sangue, o sangue do pacto de Deus com o seu povo, derramado para a remissão dos pecados. Faço o meu sangue o vosso sangue, para que a minha vida, corra nas vossas veias e o meu Espírito anime o vosso. Desde agora não beberei deste fruto da videira até o dia que, convosco, beberei o vinho novo no Reino do meu Pai.

Frei Betto. Entre todos os homens. Editora Ática, 1997

O vinho torna-se assim um dos elementos fundamentais do ritual da fé cristã. E, graças a ação cuidadosa dos sacerdotes da Igreja Católica, as videiras vieram para o continente americano, no século XVI. Hoje, no novo e no velho mundo, o vinho é produzido, e em tão variados tipos que ficamos perdidos quando temos que escolher.

Sabemos que o tipo de uva utilizado dá a coloração e o aroma à bebida. Influenciam também no sabor o lugar onde são plantados, pois cada país tem características climáticas, de terreno, de tradição de cultivo e de produção da bebida. Há quem prefira os sutis e delicados vinhos franceses, ou, os sabores marcantes dos californianos. (Bergilde ama os italiado e se ofereceu para nos assessorar). É possível também apaixonar-se por uma uva, eu, por exemplo, gosto da Carmenére, não importa sejam os vinhos franceses ou chilenos.

Então como escolher o vinho certo? Acredito que como fazemos com tudo mais, experimentando. Foi assim que escolhi os que mais me agradavam, identificando os mais agradáveis ao meu paladar. Acredito que vinho bom é aquele que dá uma sensação de equilíbrio. Todo vinho tem álcool, acidez, tem docura e amargor. Não é necessário ser grande entendedor para perceber que o vinho que queima na boca deve estar excessivamente alcoólico. Um pouco de acidez, por exemplo, da vivacidade ao vinho, mas demasiada, torna-o desagradável.


Alem do gosto pessoal, é importante fazer a combinação do vinho com a comida. A primeira regra da harmonização é a mesma do casamento, onde nenhum dos dois parceiros pode ofuscar, se sobrepor ao outro. Assim, se o prato é um delicado peixe preparado com ervas , o vinho tem ser um branco leve. Vale o oposto, uma carne bem temperada, um vinho leve vai desaparecer na boca, parecerá sem graça, nesse caso, o melhor é um tinto encorpado.

Vários livros orientam nesta harmonização. Gosto de consultar um deles: Vinhos- uma festa dos sentidos, de Rogério Dardeau, sobretudo porque fala das comidas brasileiras, até para o acarajé, ele tem uma recomendação de vinho (sauvignon blanc). Pessoalmente, prefiro combina-lo com cerveja gelada.

Termino esta segunda taça, citando um provérbio espanhol, para vinho ter gosto de vinho, deve ser tomado com um amigo. Um vinho saboreado entre queridos é sempre especial.

3 comentários:

Bergilde 9 de julho de 2009 às 06:31  

Belissimo seu relato sobre o vinho!Tenho seguido e queria registrar no meu pc,posso?
"Para uma vida melhor: poesia, vinho e uma companhia. Porque a poesia tem de estar na alma, uma boa companhia sempre ao nosso lado. E um bom vinho... Ah, é sempre indispensável!”Recanto das letras.com.br

nay 10 de julho de 2009 às 12:41  

Vim agradecer aos comentários... Volte sempre! ^^

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