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sábado, 21 de março de 2009

EQUADOR


Há um Equador em cada um de nós
Linhas imaginárias que nos dividem
Rigores geográficos de norte e sul
Vulcões que inquietam, fervilham
Rotas migratórias marcadas no céu
Ansiedade de vôos no infinito azul
Rosa dos ventos de um destino a sós
Até ao lugar que o coração escolheu.

Viagem solitária mesmo que compartida
Sem azimute, compassos ou mapas
Apenas o instinto de saber navegar
Laço com o infinito, pra sobreviver
Contemplando o céu, seguindo estrelas
Pelos mares tempestuosos ou calmos
Singando dias e noites insones
Até pressentir o cais de atracar.

Chegar, como quem chega de viagem,
Reconhecendo cada canto da casa
Sentindo seus cheiros e sabores
Onde tantas vezes quisemos chegar
Tranqüilizar, fechar asas, guardas as velas
Abrir o peito ao sol, sorrir devagar
Acordar acordes no coração
Cantar, dançar e amar.

Salvador 11/03/09

2 comentários:

Bel 22 de março de 2009 às 07:15  

Estou aqui sem saber o que dizer... a figura do Equador interno, e todas as outras... a veia poética aflorou com gosto!!!

Adorei a descriçao da chegada.

Beijoooooo

Julio,  9 de abril de 2009 às 18:30  

Marta querida:

Seu blog é a sua cara: criativo, provocativo, corajoso, transparente, sensível, amigo. Um dia eu lhe disse que você era a mulher mais fascinante que eu conheci. Exatamente pela abertura, inteligência e sensibilidade. Agora digo mais: esta faceta sua multicultural me encanta. Você encarna a cultura onde está. A foto aqui é de uma mulher equatoriana, mas poderia ser de uma mulher negra, etc. Sua baianaidade aberta para mundo me encanta.

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