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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FILHOS

Aniversário do filhote. Dei de refletir sobre a maternidade...

Tive filhos muito jovem e as vezes ficava achando que apesar da disposição, me faltava maturidade para a tarefa. Mas será que se tivesse mais idade estaria melhor preparada e teria errado menos?

Minha geração viveu um tempo de mudanças. O jeito de cuidar das crianças dos nossos pais, muito repressor, com pouca conversa, para gente não funcionava. Tinhamos que inventar um novo jeito de cuidar. Como fazê-lo?

Às vezes nos pegavamos repetindo aquilo que condenavamos nos nossos país. Outras achavamos que estavamos deixando soltos demais que tinhamos que buscar alguma disciplina. Descobrir o caminho do meio era a tarefa.

As relações entre as pessoas vão sendo sempre construidas "no ato", na interação, a medida em que nos relacionamos. Assim, os filhos podem ser os melhores professores. Essencial então ter olhos e ouvidos atentos. Nem sempre os tive.

Muitas vezes fui desajeitada, impaciente, apressada e meus filhos sinalizaram, com choro, com o olhar e mais tarde com as palavras, duras de ouvir as vezes. Mas tinha muito afeto entre nós e assim fomos nos fazendo mãe e filhos.

Nessa maternagem tive ajuda de muita gente, o pai deles, os avós, tios e tias, pessoas que trabalharam como ajudantes domésticos, amigos. Cada qual com sua contribuição e seu jeito carinhoso.

E meus filhos são hoje pessoas fantásticas, afetuosos, criativos, maravilhosos....

As fotos são de uma fotografa muito querida: minha prima Anabel.


Nossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
Khalil Gibran

5 comentários:

Bel 29 de dezembro de 2008 às 10:18  

É, esse tipo de reflexões às vezes nos deixa "emparedados". Mas fique tranquila. Você foi uma mãezona, e o resultado tá aí.

Já fui lá dar os parabéns a ele hoje cedo, e você merece parabéns também!

Esqueceu de dizer que as fotos são minhaaaaaaaaas!!!

Beijo enorme!!!

Anônimo,  6 de janeiro de 2009 às 14:34  

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Maína Pinillos Prates 13 de janeiro de 2009 às 21:13  

Não divulgue fotos minhas com o orelhão apareçando!!!!
:)

Anônimo,  16 de fevereiro de 2009 às 11:57  

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