PELO VALE DO SÃO FRANCISCO

Minha avó dizia: primeiro a obrigação depois a diversão. Assim, na tarde de sábado, trabalho executado, cruzei a fronteira baiana e busquei o descanso e a diversão em terras alagoanas. Meu destino era a cidade chamada Piranhas.

Cercada de montanhas na beira do Rio São Francisco, a pequena cidade tem seu centro histórico tombado pelo patrimônio, casas em estilo colonial, praças, pequenas igrejas, restaurantes com boa comida nordestina.

A cidadezinha era uma das favoritas de Lampião e Maria Bonita. Bem perto daqui, em Angicos, o bando sofreu a emboscada que os levou à morte. A antiga estação ferroviária foi transformada em Museu do Cangaço. Um acervo pequeno porém significativo, desta memória nacional, nem sempre valorizada.

De lá partimos para um passeio flucial pelo grande lago formado pela barragem de Xingó, nas bordas os canyons formados pela erosão dão um efeito especial a paisagem. O passeio tem duração de três horas, duas gastas na navegação e uma num ponto especial onde se pode nadar e fazer um pequeno passeio de canoa em numa gruta.

Foi um dia realmente especial. De lá foi para Aracajú de onde retornei para Salvador. Acredito que este é um passeio muitissimo interessante. A forma mais simples é ir de Aracajú, são cerca de 3 horas até Xingó.

Ir a Piranhas é um pouco mais complicado se você não estiver motorizado, é preciso ir a Canidé e de lá ir de taxi ou van até lá. As pousadas são simples, simpáticas e confortáveis. Ficamos na Nosso Lar, mais existe a Maria Bonita e a Lampião. Também há a opação de ficar hospedado em Canidé, existe o hotel Parque de Xingó de boa qualidade, para os mais abonados. Outros passeio podem ser feitos, como por exemplo a trilha até a gruta de Angicos, mas não tive tempo suficiente para isto, quem sabe uma outra vez.