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quinta-feira, 8 de julho de 2010

FLOR DO DESERTO


A diversidade cultural sempre me encantou, resultados da história e da religiosidade de cada povo. Alguns costumes entretanto chocam e são difíceis de compreender. Entre estes está a mutilação feminina, praticada em alguns países muçulmanos, mesmo não sendo recomendação do Alcorão.

Apesar do combate a esta prática, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), por volta de 3 milhões de meninas são vitimas da mutilação genital, uma prática utilizada para impedir o prazer sexual feminino.

A história de uma destas meninas é o foco central do filme Flor do deserto, a modelo somali Waris Dirie. A autobiografia de Waris (equivalente em somali a flor do deserto), que inspirou o filme, rompeu o silêncio sobre o assunto.

A história tem lances dramáticos. Filha de uma família nômade é circuncidada aos três anos e aos 13 é vendida para ser a quarta esposa de um homem bem mais velho, decidida a mudar o seu destino, a adolescente caminha vários dias através do deserto até chegar a Morgadishu, capital da Somália, onde vivia sua avó. Para salvá-la a senhora a entrega a família de um diplomata, e a garota passa a trabalhar como empregada doméstica em Londres, reclusa e sem aprender o idioma inglês. Fugindo dali passa a trabalhar num fast food onde é descoberta por um fotografo e tornando-se uma top model famosa.

Apesar da trajetória pessoal de superação e sucesso, o foco do filme é o discurso engajado de Waris na luta contra um traço cultural que continua causando danos físicos e psicológicos irreversíveis a mulheres no mundo. E por isso vale à pena assisti-lo.

Não posso deixar de falar que o filme tem alguns problemas técnicos, algumas derrapagens na montagem, alguns “furos” no roteiro. Um dos pontos positivos é a atriz que faz a personagem principal, a também modelo Liya Kebede, ela consegue das uma boa carga dramática a atuação e conferir um realismo impressionante à personagem. Outra qualidade é a fotografia, com ângulos de enquadramentos originais, especialmente nas sequências do deserto.

Mas todas estas aspecto podem ser esquecidos diante da relevância da questão social que ele aborda. A Waris criou uma fundação e tornou-se embaixadora da ONU na luta contra esta prática cruel.

6 comentários:

Vanessa Anacleto 8 de julho de 2010 às 23:32  

Tucha, obrigada pela dica, vou colocar na minha lista.
bjs

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ 9 de julho de 2010 às 08:40  

Tucha, já vi cd foto dela como modelo lindíssima. O que dizer de uma pessoa que no se acomodou com o que lhe apresentavam? Ela tomou uma atitude e dai sua vida mudou, senao ela só seria mais uma.

Bjao

Bel 9 de julho de 2010 às 21:08  

Eu li o livro, tô dida pra ver o filme, mesmo com os "problemas técnicos"! (a gete fica muito crítica a certa altura da vida, né?)

Vc viu Mary and Max???

Bjoooo

Ramon Pinillos Prates 11 de julho de 2010 às 13:14  

Hum... tenho interesse em assistir não.

Dalva Nascimento 12 de julho de 2010 às 12:42  

E um tema muito interessante e vou procurar para assistir.

Bjs., e boa semana!

Vanessa Sagossi 15 de julho de 2010 às 15:39  

Uh, você escreve bem.
Gostei do seu modo. Esse filme não ficou em cartaz por aqui...
Beijos,
Vanessa Sagossi,
comentandoofilme.blogspot.com

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