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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CÂNTICO DOS CÂNTICOS


Quem me busca a esta hora tardia?–
Alguém que trenas de desejo.
– Sou teu vale, zéfiro, e aguardo
Teu hálito... A noite é tão fria!–
Meu hálito não, meu bafejo,
Meu calor, meu túrgido dardo.

– Quando por mais assegurada
Contra os golpes de Amor me tinha,
Eis que irrompes por mim deiscente...
– Cântico! Púrpura! Alvorada!
– Eis que me entras profundamente
Como um deus em sua morada!
– Como a espada em sua bainha.

Manuel Bandeira


Quando não temos palavras, pedimos socorro aos poetas.




2 comentários:

Maína Pinillos Prates 27 de janeiro de 2009 às 22:21  

AMOR BASTANTE

quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante

basta um instante
e você tem amor bastante

um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto

Paulo Leminski

Bel 28 de janeiro de 2009 às 07:51  

Uau!
Bandeira dando uma de Salomão... e Marta explodindo de amor!!!

Beijooo

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