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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TURISTAS CULTURAIS



Acredito que trazemos na nossa memória genética o instinto nômade dos nossos ancestrais pré-históricos que se deslocavam em busca de comida, água, sobrevivência. E se sossegamos com a invenção da agricultura, da indústria, ainda existem muitos motivos que nos levam a circular por este velho mundo de Deus.

Motivação para viajar não falta, em tempos de parcelamento, cartões de crédito, milhagem de companhia aérea, muita gente tem caído na estrada. E para ajudar estes novos nômades surgiu um gênero literário: a literatura de viagem. São os guias e relatos de viagem, livros que nos fornecem informações úteis sobre o lugar que vamos conhecer ou as aventuras de quem andou por lá.

Acabei de ler um destes livros, Terra mar e ar - peripécias de dois turistas culturais. Escrito a quatro mãos por Ruy Castro e Heloisa Seixas relatando suas experiências de viajantes. Fugindo da tradicional o casal antes de partir procura ler livros, ouvem músicas e assistem filmes sobre a região que vão visitar e traçam roteiros originais.

As crônicas nos falam das descobertas como o atelier de Veneza onde Stanley Kubrik comprou as mascaras que usou no filme De olhos bem fechados, a Roma dos cinéfílos com os inúmeros locais que serviram de locação para filmes, ou as duas Manhattans, a real e a criada por Hollywood.

Além da memória cinematográfica há também relatos poéticos das impressões sobre as cidades, como a epopéia de terror e êxtase e Heloisa na Moscou as vésperas da glasnost,, a sensação de agonia do silencio e o negror de Goya em Madri , ou a inquietação da arquitetura de Gaudí em Barcelona.

São outros olhares sobre as cidades, diferentes da visão apenas turística tradicional. Um outro detalhe interessante é que a dupla - Ruy e Heloísa- está junto desde 1990, vivendo em casas separadas, uma experiência de convivencia para casais maduros .

3 comentários:

Bel 9 de dezembro de 2011 às 22:49  

Muuuuuito legal a proposta! Quero emprestado, viu?
Mas isso de casas separadas... sei não. Aqui em casa temos banheiros separados. Mas é só. ;)

Bjooo

Ramon Pinillos Prates 11 de dezembro de 2011 às 22:12  

Poxa, parece ser interessante esse livro.

Bergilde 16 de dezembro de 2011 às 10:42  

Sua introdução foi perfeita.
Acredite se quiser mas aqui não há uma vez que eu saia para um centro comercial que não encontre brasileiro falando português.Estamos nos multiplicando!Sim, até no prédio onde moro, na escola dos meus filhos,enfim, somos nômades mesmo.Esse livro parece bacana,mas não sei se dá certo essa coisa de viver separado do amor da gente.A mim falta essa maturidade,se podemos chamar isso de maturidade:)Beijos e bom fim de semana!

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