12 LIVROS EM 12 MESES - DEZEMBRO
EM ALGUMA PARTE ALGUMA
AUTOR - Ferreira Gullar
EDITORA - José Olympio, 2010
O tempo disponível para as leituras foi pouco, dezembro é mês de avaliações, relatórios e planejamentos no trabalho e na vida pessoal. Entretanto, gosto de finalizar o que começo, eis a última resenha do projeto, apesar de fora do prazo.
Elejo um livro de poemas, saudado pela critica fruto da maturidade de Ferreira Gullar. O poema de abertura reflete sobre o ato de escrever no Fica o não dito por dito: (.....) o poeta inventa/ o que dizer/ e que só/ ao dizê-lo vai saber/ o que/ precisava dizer”. E volta ao tema em Falar: "(....) a poesia é, na verdade, uma/ fala ao revés da fala,? como um silêncio que o poeta exuma/ do pó , a voz que jaz embaixo/ do falar e no falar se cala. (...)."
E o poeta prossegue descobrindo belezas onde pisamos sem ver, como o espanto de contemplar a relva, “aquela inesperada toalha verde viva/ em meio às ruínas da cidade”, ou os perfumes que exalam das bananas podres que descem pela carne “como um relâmpago”.
Entre lampejos e aparições do imaginário do poeta, as reflexões são, sobretudo, sobre a “arbitrária individualidade” a que nós humanos somos condenados. A perplexidade do existir: “a parte mais efêmera/ de mim/ é esta consciência de que existo (....)” . A fugacidade da vida, “(....) porque a vida quer viver e livrar-se do que finda/ a vida que em sua marcha/ tudo apaga e muda/ e tal modo que/ mesmo o que permanece/ não permanece o mesmo.(....)”
E é com um verso sobre a dinâmica da vida que finalizo
(...) pois é certo que o vivido
_ na alegria ou desespero_
como gás é consumido...
recomeçamos do zero.”
Recomecemos então um novo ano, com sua singularidade, suas maravilhas, suas delicias, seus desencantos, suas dores...
O tempo disponível para as leituras foi pouco, dezembro é mês de avaliações, relatórios e planejamentos no trabalho e na vida pessoal. Entretanto, gosto de finalizar o que começo, eis a última resenha do projeto, apesar de fora do prazo.
Elejo um livro de poemas, saudado pela critica fruto da maturidade de Ferreira Gullar. O poema de abertura reflete sobre o ato de escrever no Fica o não dito por dito: (.....) o poeta inventa/ o que dizer/ e que só/ ao dizê-lo vai saber/ o que/ precisava dizer”. E volta ao tema em Falar: "(....) a poesia é, na verdade, uma/ fala ao revés da fala,? como um silêncio que o poeta exuma/ do pó , a voz que jaz embaixo/ do falar e no falar se cala. (...)."
E o poeta prossegue descobrindo belezas onde pisamos sem ver, como o espanto de contemplar a relva, “aquela inesperada toalha verde viva/ em meio às ruínas da cidade”, ou os perfumes que exalam das bananas podres que descem pela carne “como um relâmpago”.
Entre lampejos e aparições do imaginário do poeta, as reflexões são, sobretudo, sobre a “arbitrária individualidade” a que nós humanos somos condenados. A perplexidade do existir: “a parte mais efêmera/ de mim/ é esta consciência de que existo (....)” . A fugacidade da vida, “(....) porque a vida quer viver e livrar-se do que finda/ a vida que em sua marcha/ tudo apaga e muda/ e tal modo que/ mesmo o que permanece/ não permanece o mesmo.(....)”
E é com um verso sobre a dinâmica da vida que finalizo
(...) pois é certo que o vivido
_ na alegria ou desespero_
como gás é consumido...
recomeçamos do zero.”
Recomecemos então um novo ano, com sua singularidade, suas maravilhas, suas delicias, seus desencantos, suas dores...
3 comentários:
Tucha,vejo sempre boas sugestões de leituras aqui contigo,obrigada pela partilha.Deixei no blog alguns sites para download de livros grátis.
Abraços,
Bergilde
Conseguiu mesmo ler os 12 livros hein, parabéns!
Oi Tucha, parabéns para nós por termos conseguido terminar o desafio proposto pela Paulinha!
O link para o meu livro de dezembro está aqui:
http://www.biamendonca.com/2010/12/last-sacrifice.html
bjs
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