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domingo, 5 de setembro de 2010

UMA NOITE EM 67

Existem momentos no curso da vida em que tudo muda, o novo surge com tanta força que o antigo fica definitivamente superado. Pode ocorrer na vida pessoal como também na coletiva. Um momento destes aconteceu na nossa música popular no final da década de 60, alterando radicalmente as regras musicais e fazendo surgir um novo tipo de artista e uma nova atitude do público.


A influência para esta mudança veio de uma inovação tecnológica, a caixa de imagens que se moviam, criada nos anos 40, mas só plenamente popularizada nos anos 60 – a televisão. No Brasil, a mote da mudança foram os Festivais de Música organizados pela Record.

Assisti na semana passada um documentário que reconstitui a noite que se tornaria um marco dessa revolução, a final do maior festival de todos os tempos, o 3º Festival de Música Popular Brasileira. Estavam lá e foram os cinco primeiros finalistas da competição alguns dos artistas que se tornariam a nova e genial geração da MPB. Ninguém menos que Edu Lobo (com Ponteio), Gilberto Gil e Mutantes (com Domingo no Parque), Chico Buarque e o MPB 4 (com Roda Viva), Caetano Veloso (com Alegria Alegria) e Roberto Carlos (com Maria, Carnaval e Cinzas).

O documentário mescla a apresentação das músicas, entrevistas nos bastidores do festival, com depoimentos obtidos de testemunhas privilegiadas: os cinco vencedores, os organizadores, jurados. Alguns momentos são hilários, como a pergunta de Randal (jornalista da Record na época) à Caetano, sobre o que significava o termo “pop”, Caetano, então com 23 anos, responde naquele seu estilo, e se percebe que o entrevistador não entendeu a resposta.

Mais que revoluções artísticas, começam ali inovações nas vestimentas dos artistas, dos tradições smoking, aos paletós colorido, camisas de golas goleiro e a forma de relação do público, que os espera mais engajados.

Além de recuperar a história de um tempo criativo, o filme é também um passeio pela memória de muitos que viveram aquela época. Na minha, por exemplo, voltou a minha primeira viagem ao Rio de Janeiro, adolescente, trouxe de lá compactos ( discos com 2 ou 4 faixas) de Alegria, Alegria e Domingo no Parque. Fui com uma velha amiga e nos divertimos cantando baixinho as canções.

Para saber mais do filme Uma noite em 67 click. Se puder vá vê-lo, recordar ou conhecer mais da história musical brasileira.

3 comentários:

Marcos Monteiro 5 de setembro de 2010 às 23:06  

Fantástica lembrança de um país polarizado e de uma criatividade musical que se tornaria caminho de luta e de afirmação positiva em meio a tanta negatividade... Eu começava a morar em Recife nesses tempos... tempos dos meus 16 anos e do encantamento irresistível por Chico Buarque... Primeiros aprendizados de uma vida que teima em não ser capturada...

Ramon Pinillos Prates 6 de setembro de 2010 às 00:16  

Me falaram bem desse filme, mas o tema não me interessa muito.

Bel 6 de setembro de 2010 às 07:43  

Eu queroooooo!!! Mas pelo jeito só vou assistir qdo conseguir comprar em DVD. Na nossa Capitania não vai passar, é claro. E os planos de ir à capitá... deixa pra lá. Vou ficar de olho qdo lançarem.

MAs esse Ramon, hein? Só rindo...

Bjoooo

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