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sábado, 28 de agosto de 2010

12 LIVRO EM 12 MESES - AGOSTO

MIL DIAS EM VENEZA
Marlena de Blasi
Editora Sextante - Rio de Janeiro, 2010



A escolha de livro um livro para ler nem sempre é muito racional, está relacionada com as emoções do momento. Este me capturou na estante da livraria pelo título, Veneza trás sempre boas lembranças. Parei e li a “orelha”, uma história de amor verídica entre uma mulher e um homem, o amor pela comida e o amor por uma cidade. Fiquei curiosa.

O inicio do romance parece inverossímil, Marlena de Balsi, uma chef de cozinha e jornalista americana, em viagem à Veneza, almoça com amigos num restaurante quando o garçom se aproxima comunicando de uma ligação telefônica. Do outro lado da linha, um homem diz tê-la visto no ano anterior e que estava apaixonado por ela. Encontram-se apenas uma vez.

A história continua num novo encontro, 18 dias depois, agora em território americano. Entre conversas, beijos, vinhos e boa comida o casal decide compartilhar a vida. Você teria coragem de tomar uma decisão assim tão repentinamente por conta de uma amor? Ela teve. Em pouco tempo “desmonta” sua vida nos Estados Unidos, vende a casa construída com carinho e segue, apenas com o indispensável, o desafio do amor. Ponderações dos amigos, familiares não a detêm. Parte da estabilidade para o desconhecido.

Mas nada de “felizes para sempre”, a vida real é bem mais complexa que os contos de fada, e começam os problemas. Construir uma relação à dois e, ao mesmo tempo, adaptar-se a uma cidade onde se não conhece ninguém, a uma cultura diferente e uma nova língua. Some-se a isto que o pouco tempo de convivência fazia do veneziano um “estranho”, como ela mesmo chamava.

O cotidiano é narrado com humor, inúmeros os motivos para sorrir e para chorar. A difícil apropriação do apartamento dele, para torná-lo também dela. A espontaneidade dela que causa constrangimento a jeito sério dele. As descobertas dela dos lugares especiais dele na belíssima Veneza. Os prazeres da mesa com as delicias que ela prepara na cozinha.

E assim vão devagar superando as diferenças e construindo uma relação companheira. E a confiança que se estabelece faz com que ele consiga ganhar forças para se reinventar, deixar a vida rotineira de bancário e buscar formas mais prazerosas de viver. Mas está vai ser uma outra história, a do próximo livro da autora.

Viver a dois nunca significa que cada um fica com a metade. É preciso se revezar para dar mais do que se recebe. Há épocas na vida de um casal que funcionam, acho, de forma um pouco parecida com uma ronda noturna. Um dos dois fica de guarda, muitas vezes durante um longo tempo, proporcionando a serenidade para o outro fazer alguma coisa, em geral, essa coisa é árdua e cheia de dificuldades. Um dos dois entra na escuridão enquanto o outro fica segurando a lua no céu.

1 comentários:

Dalva Nascimento 30 de agosto de 2010 às 22:18  

Parece excelente... gosto deste tipo de leitura! Preciso arranjar mais tempo para não perder dicas tão boas como esta!

Bjs.

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